Memória da reunião do Grupo de
Pesquisa Epistemologia e Sociologia Ambiental, ocorrida em 3 de outubro de
2014, nas dependências da CASLA – Casa Latino-Americana.
Presentes: Prof. Dimas
Floriani, Prof. José Edmilson Souza Lima, Profª Maria do Rosário Knechtel,
Adriana Ruela, Katya Isaguirre, Lilian Fiala, Mara Monteiro, Melina Gunha,
Alexandre Hedlund, Christian de Britto, David Fadul, Felipe Amaral, Geraldo
Milioli, Guilherme Silva e José Thomaz. 1. Considerações iniciais.
O Prof. Dimas recordou o contexto da elaboração do projeto de pesquisa
encaminhado ao CNPq, e fez referência, entre outros, aos perfis acadêmicos dos
Professores James Clarke, Nelson Vergara Muñoz, Bernardo Javier Tobar
Quitiaquez e Narciso Barrera Bassols. 2. Manifestações sobre interesses de
pesquisa. Os participantes falaram sobre seus interesses de pesquisa, e o
Prof. Dimas apresentava considerações sobre as manifestações. Prof. José
Edmilson de Souza Lima: a compreensão dos contornos do campo de
conhecimento ambiental tomando como referência as configurações de um sujeito
cognoscente que emerge junto com o novo campo. Profª Maria do Rosário
Knechtel: a multi-interculturalidade e dignidade humana na América Latina
com interfaces com uma ética ambiental e cívica. Adriana Ruela:
aprofundar o debate da emergência de um novo problema social relacionado à
implantação de usinas hidrelétricas, o dos impactos sociais indiretos,
compreendendo essa emergência como um possível indicador do esgotamento do mito
desenvolvimentista dentro do próprio Estado brasileiro. Katya Isaguirre:
aproximações e releituras da teoria do sujeito na perspectiva socioambiental.
Foco nos conflitos socioambientais de uso e apropriação do território. Lilian
Fiala: trabalhar a questão da sustentabilidade nos pequenos negócios, dos
informais até o nível da micro e pequena empresa. Verificar a percepção do
empreendedor sobre meio ambiente e sustentabilidade; verificar as práticas
sustentáveis nesses negócios, e o nível de consciência das mesmas no
empreendedor. Verificar que fatores exógenos ao negócio podem melhor contribuir
para que a questão da sustentabilidade seja realmente trabalhada nesses
negócios de forma ampla. A parte dessa pesquisa principal descrita acima
interessa também por assuntos como o consumo consciente, ação cidadã. Mara
Monteiro: analisar as relações sujeito-mundo, os componentes que formam as
imagens de mundo dos sujeitos no processo de construção de convencimento, com
enfoque nos sistemas tradicionais de conhecimento. Na literatura está baseado
nas epistemologias do Sul e nos estudos interculturais. Melina Gunha:
interesse em educação ambiental e a relação com o território e o sentimento de
pertença de um local e de um não local; gostaria de pesquisar o que isso
afetaria num contexto de ecoformação. Alexandre Hedlund: construções de
epistemologias do Sul; perspectivas e limites de racionalidades ambientais e
periféricas do Sul, assim como as consequências da continuidade de uma
racionalidade econômica, tendo como temas transversais as concepções de
vulnerabilidade e de justiça socioambiental; além disso, discutir aspectos
relacionados ao cotidiano e imaginário. Christian de Britto: abordar o
processo de implantação da indústria para-petrolífera em Pontal do Paraná,
localizando, para tanto, impactos socioambientais locais; a pesquisa tem por
objetivo, também, a aplicação do pensamento sistêmico multimodal como método
capaz de fundamentar uma análise sociológica crítica de diversos fatores e
aspectos relacionados ao atual contexto da região. David Fadul: faz suas
as palavras do Prof. Edmilson. Felipe Amaral: trabalhar no (ou se
aproximar do e, na medida do possível, contribuir com o) eixo de elaboração de
metodologias para captação do cotidiano dos grupos. Geraldo Milioli:
pensamento ecossistêmico para a relação sociedade-natureza e a
sustentabilidade. Guilherme Silva: a priori, trabalhar com
representações de comunidades tradicionais em relação aos discursos locais,
suas identidades, seus cotidianos, o “senso comum” em relação a sua percepção
do meio ambiente. E trabalhar do ponto de vista teórico-metodológico com vem
sendo trabalhada a epistemologia ambiental especificamente no ensino superior
mediante a Lei nº 17.505/2013. José Thomaz: a necessária compatibilidade
entre uma ética cívica e ambiental, alicerçada nos valores essenciais da
dignidade humana, da justiça substantiva e da liberdade, e a pluralidade de
vidas boas com eles compatíveis, com interfaces com multi-interculturalidade na
América Latina. 3. Encaminhamentos. 1) O Prof. Dimas manifestou a
importância de o conteúdo do módulo de epistemologia ambiental, a ser ofertado
no MADE, privilegiar aspectos substantivos, com a proposição de atividades à
maneira de seminário. 2) O Prof. Dimas
informou da possibilidade de inscrição, até final de outubro, de interessados
em participar no IV CEPIAL – Congresso de Cultura e Educação para a Integração
da América Latina, evento agendado para de 19 a 23 de janeiro de 2015 na
Universidad de Los Lagos, em Osorno, no Chile, coordenado pela Rede
Casla-Cepial. Curitiba, 13 de outubro de 2014.
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