Projeto de Pesquisa registrado no CNPq cujo objetivo é reunir pesquisadores latino-americanos, com metodologia interdisciplinar, por meio de pesquisas, seminários e publicações em Meio Ambiente, Cultura e Sociedade. Este projeto (2015-18) é coordenado pelo Prof. Dr. Dimas Floriani, responsável pela linha de Pesquisa em Epistemologia e Sociologia Ambiental do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR e inserido na Rede Internacional CASLA-CEPIAL Semeando Novos Rumos / Sembrando Nuevos Senderos (Coordenação Geral de Casa Latino-Americana - CASLA). Clique para acessar o projeto.


ESTAMOS INICIANDO UMA NOVA CAMINHADA EM 2019. Registramos novo projeto de pesquisa no CNPq (2019-2021), com o título de:
CONFLITOS DO SOCIOAMBIENTALISMO DESDE AS MARGENS: as intermitências do desenvolvimento e da democracia na América Latina.
Estamos associando ao projeto o(a)s doutorando(a)s da Linha de Epistemologia Ambiental do PPGMADE (UFPR).



quinta-feira, 25 de abril de 2019

PROJETO UNITINERANTE com envolvimento da linha de Epistemologia Ambiental

REDE CASLA-CEPIAL apresenta à Reitoria da UEPG o projeto UNITINERANTE e o Evento PRE-CEPIAL 2019







No dia 05 de abril de 2019, um comissão da REDE CASLA-CEPIAL reuniu-se com o Reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Dr. Miguel Sanches Neto, e a Pró-Reitora de Graduação, Dra. Ligia Paula Couto, para apresentarem o Projeto Unitinerante: Universidade Itinerante dos Direitos Humanos e da Natureza, pela Paz e pelo Bem Viver, assim como convidar a UEPG para participar do PRÉ-CEPIAL de 2019.


A imagem pode conter: 8 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé
Na imagem, da esquerda para a direita: a Pró-reitora de Graduação da UEPG, Profa. Dra. Lígia Paula Couto; 
a Presidente da Casa Latino-americana, Dra. Gladys de Souza Sanchez; o Reitor da UEPG, Prof. Dr. Miguel Sanches Neto; 
o Prof. Dr. Dimas Floriani do Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR; 
o Prof. Dr. Nicolas Floriani do Programa de Pós-graduação em Geografia da UEPG; 
os representantes do Grupo de Pesquisa e Extensão Interconexões da UEPG, a Dra. Tanize Tomasi, 
o Doutorando Renato Pereira e a Doutoranda Cleusi Bobato Stadler.
A UNITINERANTE é um projeto idealizado e coordenado pela Casa Latino-americana e tem como finalidade promover trabalhos conjuntos de extensão entre as Instituições de Ensino Superior, o Poder Público e as Organizações Sociais, para atuarem regionalmente em coletivos em vulnerabilidade social, a fim de promover o empoderamento, a capacitação e o desenvolvimento desses grupos. 

Com base em práticas extensionistas e educativas participativas e includentes, o projeto apoia-se na coordenação de equipes interdisciplinares capazes de responder às demandas locais, de acordo às temáticas aglutinadoras: saúde, meio ambiente, economia solidária, cultura, envolvendo todas as áreas e setores do conhecimento das Instituições de Ensino.

Para tanto, buscará envolver os projetos de extensão e pesquisa já cadastrados nas IES e que tenham convergência com os princípios do Projeto Unitinerante, indo ao encontro da proposta abrangente de curricularização formal da extensão nos cursos de nível superior, conforme as Novas Diretrizes da Extensão Universitária do MEC (Res. Nº 7/2018).

Logo da apresentação do projeto, o Reitor da UEPG prontamente mostrou-se interessado em participar da Unitinerante, destacando a Pró-Reitoria de Graduação e a Pró-Reitoria de Extensão como interlocutoras com a equipe da RED CASLA-CEPIAL.

O PRÉ-CEPIAL 2019 foi outro assunto conversado na reunião. O Evento preparatório para o VI Congresso Internacional de Cultura e Educação para a Integração da América Latina (VI CEPAL), ocorrerá em meados de agosto de 2019, no município de Rebouças, Paraná.

Para tanto, conta com o importante apoio da Prefeitura Municipal de Rebouças. A atual gestão do Município de Rebouças é conhecida por aproximar-se dos interesses das comunidades rurais, destacando por apoiar e realizar projetos de desenvolvimento local junto às organizações sociais, além do reconhecimento de grupos e de territórios tradicionais, tais como os faxinalenses e as benzedeiras.

O Pré-Cepial de 2019 trará de debater as experiências de desenvolvimento local e reconhecimento de direitos gestadas nas comunidades e em parceria com universidades, agentes do poder publico e organizações sociais. As experiências apresentadas servirão de subsídio aos temas do VI CEPIAL, a ser realizado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em junho de 2020.

O tema ‘Solidariedade e Fronteiras: os rumos e desafios para democracia, educação e territórios na América Latina’ aparece como uma das sugestões para 2020. Nesses sentido, convidamos todas as instituições e organizações a aderirem ao Pré-Cepial de 2019, na cidade de Rebouças, enviando-nos propostas de apresentações de experiências de desenvolvimento, capacitação e empoderamento de comunidades rurais, urbanas e litorâneas. 

COMUNICADO 3 DA LINHA DE PESQUISA DE EPISTEMOLOGIA AMBIENTAL




CONSTRUÇÃO PRELIMINAR DE UMA PROPOSTA INTEGRADA DE PESQUISA

NO CONTEXTO DA OFICINA IV – FASE A – TURMA XIII DOUTORADO PPGMADE

 16 de abril de 2019

Alguns antecedentes:

Como ação   preparatória da OFICINA IV, designada por Aquecimento, por conta do título de Formulário (questionário distribuído aos doutorandos da linha XIII),  iniciou-se um processo de aproximações sucessivas a algumas problemáticas gerais de pesquisa, desde as 4 linhas existentes no PPGMADE. Foram elencadas um conjunto amplo de palavras-chave (categorias, conceitos, temas) em cada uma das linhas, derivadas da experiência desenvolvida durante as atividades pedagógicas da grade curricular (créditos nos Módulos I, II, III, Disciplinas obrigatórias das linhas e a disciplina de Construção da Pesquisa Interdisciplinar, associando esta etapa formativa com os textos de avaliação em cada um dos módulos,  produzidos pelos próprios doutorandos e mestrandos).

Nos dias 11 e 19 de março/2019, reuniu-se o Comitê Científico para discutir e encaminhar algumas sugestões sobre a organização e funcionamento da OFICINA IV.  O que estava em discussão era se a construção da pesquisa interdisciplinar, em sua primeira etapa (elaboração de uma problemática comum de pesquisa) seria feita no grande coletivo, reunindo as 4 linhas do programa, ou se esta construção seria feita no interior das próprias linhas. 

Acabou prevalecendo a posição de que as linhas seriam o locus principal dessa construção, tendo em vista o histórico de desenvolvimento das pesquisas que se vem realizando nelas. Contudo, foi sugerido que se promovesse simultaneamente canais de diálogo entre as linhas, a fim de verificar como cada uma delas ia construindo suas estratégias teórico-metodológicas. Avaliou-se que as trocas no grande coletivo poderiam ser muito proveitosas para o diálogo interdisciplinar.

Neste sentido, o Comitê Científico indicou 3 encontros de abril a junho, levando em conta as seguintes agendas: 1) em 12 de abril, o(a)s doutorando(a)s das linhas apresentariam suas leituras próprias em torno das leituras que cada realizaram dos formulários de avaliação das atividades realizadas no programa em 2018, a partir das respostas da enquete solicitada a eles; 2) o segundo encontro no grande coletivo seria no dia 24 de maio. Nesta oportunidade, cada coletivo das linhas apresentariam os avanços em direção à construção das diversas problemáticas de pesquisa no grupo; 3) finalmente, em 28 de junho seriam apresentados os relatórios finais (embora ainda provisórios) de pesquisa em que constam explicitamente os temas principais de pesquisa das linhas bem como alguns dos fundamentos teóricos e metodológicos. Após a apresentação de todas as linhas, a ideia é recolher as sugestões do grande coletivo para, finalmente, buscar consolidar a entrega do Relatório Final da primeira etapa da Oficina IV. Desses relatórios finais, cada linha de pesquisa buscará extrair os diversos temas que servirão para indicar os projetos de teses individuais do(a)s doutorando(a)s. A previsão desse processo (Fase 2 da Oficina IV), com a apresentação no grande coletivo de cada um dos projetos de tese, deve ocorrer até final de outubro/19 e até dezembro/19 já se constituam os comitês de orientação de cada um(a) do(a)s doutorando(a)s.

Breve relato sobre o encontro do grande coletivo em 12 de abril/2019 [1]

 A linha do Costeiro, grupo de 4 aluno(a)s apresenta alguns resultados preliminares, com algumas palavras-chave, bem como intenções de pesquisa entre docentes e discentes e lugares de pesquisa (litoral paranaense, catarinense e paulista); houve tentativa de construir um mapa conceitual. As principais categorias apresentados foram: TERRITÓRIO e BEM VIVER.

A linha de Epistemologia fez uma apresentação, iniciada por Roberto, resultante de três encontros prévios (intenções, alentos e desalentos), ressaltando que as trocas entre o(a)s doutorando(a)s da linha permitiu desenvolver melhor as escutas mútuas e que ainda a melhor ferramenta para isto é a ancestral, ou seja, dos vínculos constantes. Após esta apresentação, Giovanna fez um balanço do processo de elaboração dos textos e do significado que tiveram os indicadores para a seleção do(a)s bolsistas do doutorado, ressaltando sua intenção de pesquisa a partir de suas experiências profissionais (estudo sobre o papel das mulheres na pesca artesanal).

As categorias mais destacadas pelos discentes foram: ALTERNATIVAS AO DESENVOLVIMENTO – COLONIALIDADE/DECOLONIALIDADE – COMPLEXIDADE/CIÊNCIA/DIÁLOGO DE SABERES – NOVO CONSTITUCIONALISMO.

A linha do Rural apontou também a elaboração de um mapa conceitual, confrontando similaridades, convergências, divergências e indicando complexidades. Elogiou a maneira de como foi apresentada a disciplina obrigatória da linha, sob a coordenação do Prof. Walter, cuja elaboração foi resultado de consultas e contribuições dos discentes. A inclusão da questão agrária, da sociobiodiversidade e dos movimentos sociais foi ressaltada, além da visita a campo comum em territórios quilombolas (Terra Seca e Ribeirão Grande). A esperança de tema e sua relação com a realidade, associadas com o humor, subjetividade e emoção nas escolhas e decisões de pesquisa. Autonomia e transdisciplinaridade também foram destacadas. A estratégia metodológica parte de estar juntos nos territórios de pesquisa e não apenas em espaços de pesquisa virtuais.

Principais categorias de análise indicadas: POPULAÇÕES TRADICIONAIS (SUJEITOS DA AÇÃO) – RESISTÊNCIAS/CONFLITOS – AGROECOLOGIA (PRÁTICAS MATERIAIS) – TERRITÓRIO.

A linha do Urbano (Garrone – Grazianne – Ivan Ricardo) apresentaram gráfico de interseções (diagrama de Venn) com três dimensões: Mobilidade Urbana, Segurança Urbana e Agroecologia, cuja interface  é o meio ambiente, desenvolvimento e sustentabilidade.

Foram destacadas as principais categorias de análise: RESILIÊNCIA DAS CIDADES (PLANEJAMENTO URBANO) – OCUPAÇÃO E USO DO SOLO – COLONIALIDADE/BEM VIVER – (DES)CONTINUIDADES URBANO-RURAL – SISTEMA (PRÁTICAS) AGROECOLÓGICO

Estiveram presentes ainda doutorando(a)s vinculado(a)s aos enfoques da ecossocioeconomia, políticas públicas e comunicação social .





Preliminares para a discussão de alguns temas para melhor visualizar o horizonte de interesses comuns de pesquisa, na linha de Epistemologia Ambiental



PROF. JOSÉ EDMILSON

Breve resumo de suas intenções de pesquisa

 É no quesito “proteção dos ambientes biofísico e sociocultural” que o Campo Jurídico pode/deve contribuir para fortalecer um paradigma civilizatório que se afaste de uma racionalidade instrumental (WEBER, 1999 e 2000) e se aproxime de uma racionalidade ambiental (LEFF, 2006). Nesta mesma perspectiva, como os problemas ambientais transcendem aos campos específicos de conhecimento, irrompe a necessidade imperativa de aproximar técnicas e métodos cooperativos de investigação, todos em sintonia com a inter e a transdisciplinaridade (FLORIANI, 2004b; e FLORIANI et al., 2010).

Resta investigar, por meio de mapeamento do que se vem pesquisando e publicando no Campo Jurídico sobre “meio ambiente”, como a pesquisa jurídica tem internalizado o tema “meio ambiente”; ou, em outros termos, resta verificar se há alguma correlação entre a pesquisa socioambiental no campo jurídico e a concepção de ambiente como base de sustento da vida (em sentido amplo).

1. Como o tema “meio ambiente” vem sendo pesquisado pelo Campo Jurídico?

2. O que o Campo Jurídico entende por “meio ambiente”?

3. Em que medida a incorporação do tema “meio ambiente” reclama mudanças em termos teóricos e metodológicos no interior do Campo Jurídico?

4. Em que medida as abordagens se aproximam ou se distanciam da concepção de “meio ambiente” que o toma como base de sustentação da vida (LEFF, 2014).

5. Em que medida a pesquisa jurídico-ambiental questiona a racionalidade instrumental que ancora a civilização (in)sustentável? Os estudos sinalizam isto?

6. Em que medida a pesquisa jurídico-ambiental se ancora em uma racionalidade alternativa (ambiental) que indique caminhos para uma civilização sustentável? Os estudos sinalizam isto?

7. Quais aspectos do “meio ambiente” são mais frequentemente estudados (socioculturais ou biofísicos)?

O Estado da arte realizado sobre “meio ambiente”, a partir da Ciência Ambiental e do próprio Campo Jurídico (Tópico 4) torna visíveis duas questões que servem de referências para a coleta dos dados e para a análise. A primeira é de ordem teórica e a segunda, metodológica. A teórica é que o “meio ambiente” vem sendo apreendido não de forma linear ou simplificada (mecanicismo), mas de forma complexa (MORIN, 2010), como sustentabilidade da vida (LEFF, 2014); e a metodológica é que os estudos mais consistentes sobre o tema em foco são os interdisciplinares (FLORIANI et al., 2010), dada a reconhecida complexidade do tema

A despeito dos possíveis obstáculos, espera-se que a pesquisa indique delineamento dos contornos de um “subcampo ambiental” alinhado às concepções complexas de “meio ambiente” e, em função disso, orientado para a sustentabilidade da vida em sentido lato. Espera-se que este mapeamento do “subcampo jurídico-ambiental”, ao indicar lacunas nas pesquisas jurídico-ambientais, contribuam com as políticas de desenvolvimento não apenas científico, mas sobretudo socioambiental. O mapeamento poderá indicar quais temas de pesquisas podem e devem ser estimulados no médio e no longo prazo.

Algumas derivações de pesquisa da proposta do Prof. Edmilson (para ampliação do debate e convergências temáticas)

INTERESSANTE APROFUNDAR A DEFINIÇÃO DE CAMPO JURÍDICO E SUAS ARTICULAÇÕES-VERTENTES-CLIVAGENS DESTE CAMPO COM O ESTADO (POLÍTICA) E A SOCIEDADE CIVIL A FIM DE OBSERVAR COMO OCORREM MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS (NOVAS MODALIDADES DE CONTROLE – REGIMES DE CONTROLE -  MANUTENÇÃO, SUBSTITUIÇÃO OU SIMPLESMENTE ELIMINAÇÃO DE ALGUNS DESSES MECANISMOS).

NESTE SENTIDO, HÁ UM  DUPLO JOGO NO CAMPO JURÍDICO: 1) INTERNO AO CAMPO QUE PODE SER ENTENDIDO SISTEMICAMENTE (AUTOPOIESIS), COM REGRAS, PROCEDIMENTOS, PRÁTICAS JURÍDICAS, MECANISMOS DE ESTRUTURA DE PODER, HIERARQUIAS NA ADMINISTRAÇÃO E APLICAÇÃO DOS REGIMES JURÍDICOS, HABITUS, RELAÇÕES COM VALORES, TRADIÇÕES, JURISPRUDÊNCIAS E JULGAMENTOS (DOUTRINAS, RITOS) NOS PROCESSOS LIGADOS AO DIREITO AMBIENTAL (QUE MOBILIZAM RECURSOS DAS DOUTRINAS DO DIREITO CONSTITUCIONAL, PENAL, CIVEL, ETC.); 2) EXTERNO AO CAMPO, MAS EM ESTREITA VINCULAÇÃO COM A POLÍTICA (ESTADO, POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS X SOCIEDADE CIVIL), COM AS CRISES SOCIOAMBIENTAIS, OS CONFLITOS DECORRENTES DE ENFRENTAMENTOS DE CONCEPÇÕES E INTERESSES DE CLASSE E DAS RESISTÊNCIAS DE SETORES SOCIAIS, POPULAÇÕES TRADICIONAIS, PESQUISADORES, ONGs, MOVIMENTOS SOCIAIS, AGÊNCIAS MORAIS (IGREJAS), INSTITUIÇÕES DO ESTADO (FFAA, PRINCIPALMENTE).

Procurar encaminhar o debate atual para possíveis vertentes de pesquisa, levando em conta situações, problemas e contextos em que estão envolvidos os procedimentos jurídicos e políticos atinentes ao Campo Jurídico (internamente) mas também ao seu entorno em que se possa identificar o nível de intervenção e as suas consequências em termos decisionais e de impactos para os sujeitos envolvidos/atingidos.



PROF. DIMAS

Breve resumo de suas intenções de pesquisa (para ampliar o debate e buscar convergências temáticas)



1-    As intermitências da modernidade periférica capitalista estão associadas de início ao desenvolvimentismo dependente, e mais recentemente ao capitalismo financeiro-rentista, de matriz neoliberal globalizada: ambos modelos incapazes de implementar políticas redistributivas e ecologicamente sustentáveis. (  Para uma discussão sobre capitalismo financeiro-rentista, consultar Bresser Pereira (2018).

2-    requer-se de um esforço teórico e metodológico diferenciado na discussão sobre concepções de desenvolvimento, democracia e sustentabilidade socioecológica para superar os antigos paradigmas do pensamento segmentado pelo recorte da economia, da ciência política e da sociologia; um enfoque interdisciplinar sustentado  por um diálogo intenso entre essas disciplinas, poderá abrir-se à novas epistemes integradoras; reunir disciplinas e áreas de conhecimento de fronteira que abordam essas dimensões: economia, ciência e filosofia política, ecologia política, antropologia, filosofia. 

3-    o debate em torno de estratégias de desenvolvimento, ao sofrer mutações significativas com o sopro da (re)democratização no continente latino-americano e no Caribe, em meados dos anos 80, seguiu outro tipo de agenda, deslocando-se do domínio puramente econômico para as dimensões sociais, políticas e ambientais,  das quais emergiram temas importantes tais como o caráter e alcance dos regimes democráticos, obstáculos e potencialidades de políticas redistributivas que fizessem face às crônicas desigualdades sociais. Da mesma maneira, a emergência dos problemas ambientais, especialmente a partir da Rio 92, promoveu um giro importante no debate até então limitado e monopolizado pela economia, para espraiar-se em direção da sustentabilidade, incorporando o tema socioambiental no horizonte desse debate; quer dizer, até que ponto é possível reconhecer nas estratégias de desenvolvimento que o tema socioambiental significasse um novo giro e, neste caso, até que ponto é possível afirmar que existem efetivamente novas estratégias ampliadas de desenvolvimento? O que resulta das crises do próprio modelo de desenvolvimento como aposta preferencial no crescimento econômico? Seria possível afirmar que as crises das sociedades latino-americanas são reféns da economia e que as demais dimensões (tecnológicas, culturais, sociais, educacionais, ambientais...) estão subordinadas a ela?

4-    A busca por soluções e alternativas ao desenvolvimento, em oposição à busca de alternativas de desenvolvimento, questiona os limites do núcleo duro do sistema hegemônico de mercado, incapaz de gerar soluções para uma imensa parcela da população destituída das condições básicas de vida, bem como de colocar a seu alcance o acesso ao planejamento de estratégias de bem-estar (bem viver) estáveis e duradouras. Indaga-se,  para tanto, se é necessário igualmente ressignificar o próprio sentido de desenvolvimento, por meio de novos conceitos e outras formas de concebê-lo. Até que ponto categorias analítica de ecologia das práticas e  ecologia dos saberes possibilitam estabelecer novas bases para operar desde as margens do sistema hegemônico.

De Sousa Santos (2010) e Stengers(2005) apresentam respectivamente uma importante discussão teórico-prática sobre a ecologia dos saberes e a ecologia das práticas. Igualmente, Escobar (2012) e Gudynas (2015) fazem uma distinção clara sobre permanecer no quadro do desenvolvimento conforme definido pela história marcada pelo mercado capitalista ou então desde outra perspectiva anti-hegemônica.

A grande pergunta que se pode fazer para a busca por soluções, dentro dos limites históricos do desenvolvimento e de suas contradições ou então desde às margens do sistema, é se ambas possibilidades são antagônicas ou complementares; mais ainda, se aparecem como antagônicos, as possibilidades de coexistência é da ordem objetiva (sistêmica) do modelo neoliberal?  Ou se a possibilidade de outra matriz hegemônica ( por exemplo, a desenvolvimentista, estatista, social democrática, etc.) poderia induzir algum tipo de coexistência?

5-    pensar em alternativas ao desenvolvimento requer, portanto, não apenas conceber de outra forma mecanismos que permitam a uma organização social ser capaz de reproduzir-se materialmente, mas também engendrar instituições em que a gestão, as normas, e os valores que regem as estratégias de sociabilidade se desloquem do atual sistema de racionalidade capitalista  para outras racionalidades que possibilitem sobrepor-se ou então a coexistirem com a atualmente vigente.

 [Enrique Leff ( 1998, 2004 ) em diversas obras vai desenvolver o conceito de racionalidade ambiental em que reúne condições para se pensar  diferentemente a crise capitalista e o impasse ambiental, definidos como uma crise civilizatória]. 

6-    Ao mesmo tempo em que abordávamos a possibilidade de coexistência material entre diferentes e opostos modelos de organização e regulação societal, indagamo-nos também de sistemas de racionalidades opostas, mas coexistentes. Como o material e o imaterial podem combinar-se? O quê os tornariam capazes de não apenas coexistirem na diferença mas também de se reproduzirem como tais? Este o quê supõe certamente a possibilidade de um sistema de suportes, dispositivos e andaimes circundantes e ao mesmo tempo abordáveis aos demais sistemas.



7-     A pergunta complementar que segue a esse dilema é se há espaço possível para inventar uma transição que não desemboque em sistemas monopólicos e autoritários, tanto da economia como da política. Disto deriva a necessidade de investigar os limites do sistema político vinculado ao Estado periférico-dependente, indagando se é possível desenvolver e ampliar mecanismos democráticos que incorporem uma imensa população que se encontra à margem do processo dominante de mercado e do regime político sustentado por partidos políticos, em base à representação. Muitos e muitas pensadores, lideranças sociais e agentes públicos se indagam dessas possibilidades e potencialidades, vinculando-as com ideias, princípios e práticas pedagógicas e emancipatórias. Porém em tempos de caças às bruxas, não apenas torna-se temerário o debate público em torno a essas possibilidades, como também os próprios espaços institucionais e de criação libertária começam a ser cerceados por novas ondas conservadoras e opressivas.



8-    O capítulo da democracia tem sido apontado no domínio das intermitências na América Latina, juntamente com o do desenvolvimento. Contudo, além das intermitências, deve-se adicionar outros componentes, nesse mesmo domínio, quais sejam da fragilidade e vulnerabilidade democráticas, diante das ameaças e efetivação do retorno a regimes autoritários híbridos, geminados com os mecanismos de políticas econômicas neoliberais[2], adotadas por governos conservadores (populismo conservador e autoritário de direita), logo após a crises dos sistemas políticos (populismo progressista e redistributivista) nestas duas décadas iniciais do século XXI.



Mais do que analisar a crise latino-americana recente dos sistemas político-democráticos baseados na representação partidária, nosso objetivo é de identificar, nestas últimas duas décadas, junto com a ascensão e refluxos de movimentos e organizações sociais populares, especialmente aquelas associadas com práticas socioambientais e a modelos alternativos ao desenvolvimento; que implicações representa essa ação pendular e intermitente dos mecanismos democráticos de raiz, para a própria sobrevivência e reprodução desses setores sociais. Adicionalmente, a pergunta refere-se igualmente a possíveis mecanismos de resiliência (adaptação/hibridação) em termos de sua organização territorial (socio-político-ambiental).





Prof. ALEXANDRE N. HEDLUND



Espaços marginalizados, sujeitos invisibilizados e epistemes silenciadas: reflexões desde as margens na luta por justiça socioambiental (Tese doutorado – 2018)

A tese de cunho ensaístico tem forte apelo reflexivo sobre os fundamentos epistêmicos da importância das margens e dos espaços transfronteiriços (afinal, a fronteira é sempre algum lugar que se interpõe a outros, ora unindo-os e às vezes negando-os). Trata de reunir leituras críticas desde a filosofia, o direito, a sociologia, a geografia e a antropologia.

Coloca-nos frente ao debate de lugares e espaços na constituição das margens, com as interferências da globalização na constituição do centro x periferia. (págs. 93 a 108).

Guetos e zonas de sacrifício (adicionaríamos o apartheid interior, trazido na tese de Felipe Amaral, na des(construção) dos territórios marginalizados urbanos. (págs. 109-134).

Processos de marginalização são fabricados no bojo das dinâmicas de vulnerabilização social, inerente ao capitalismo periférico (desigualdade e pobreza), em cujos insterstícios operam a (in)visibilização dos subalternos (págs. 156-185). Associado a esse fenômeno produz-se a ilusão da igualdade social e a produção dos ninguéns: a métrica desse fenômeno é dada pela raça e a classificação social (QUIJANO). Vulnerabilidades, fragilidades, rupturas de reconhecimento (HONNET) não ocorrem apenas pelos aspectos sociais, mas também como vulnerabilidade socioambiental, tais como riscos, desastres, desassistência/ausência do Estado e ocupação de seu lugar pela cidade e o campo ilegais (da violência paramilitar).

Mas como o singular não se constitui sozinho e sim no confronto com o Outro, essa produção nas (e desde as) margens do sistema hegemônico engrendra possibilidades de resposta e resiliência/reconfiguração de sujeitos sociais, mediante resistência e autoconstituição dos sujeitos coletivos.

Nesses novos espaços de resposta e de esperança, interpõem-se os sistemas de práticas, como alternativas ao desenvolvimento, em confronto conflituoso com aqueles acenos emitidos pelo sistema hegemônico (ilusão de emprego e anseios de mobilidade social).

Os sistemas de práticas podem ser entendidos como práticas materiais produtivas ou tecnologias sociais autônomas, desde a ecossocioeconomia (economia solidária) e o desenvolvimento de habilidades educativo-sociais associadas ao terceiro setor e à produção de serviços e bens culturais (música, dança, moda, culinária, artesanato, organizações ambientalistas, religiosas, etc.)



 Algumas sugestões DE ENCAMINHAMENTO DAS ATIVIDADES DA OFICINA IV.

1.    A ideia é irmos tecendo elementos formativos da teia conceitual, a fim de produzirmos  o amálgama de temas comuns (espécie de arco ou  guarda-chuva) que facilite o desenho teórico e empírico de transversalidades. Também reunir um elenco de possibilidades que agrupem as atuais intenções e propósitos individuais, com aquilo que vai surgindo das interações na linha de pesquisa (el camino se hace al andar, segundo António Machado)

Temos que reunir ainda intenções/andamento de temas de pesquisa das professoras Mayra, Yanina e Maria do Rosário, além do(a)s 4 discentes – doutorando(a)s da turma XIII).

Simultaneamente à armação da teia pelos conceitos, que permitirão desenhar o marco no qual se inserem transversalidades fortes,  é necessário ir avançando em possíveis temas concretos de pesquisa (construtos ou os intercessores deleuzianos ):

espaços, lugares, atores que se relacionem com a sociobiodiversidade, tais como: água, mulheres, pesca artesanal, serviços de saúde, educação, emancipação, normatividade/racionalidades, sistemas de práticas, riscos, vulnerabilidades, conflitos, restrições de direitos, produção de desigualdades, ausência do Estado, atores silenciados – a produção de ninguéns, bem viver, mal viver, etc.).

2.    Dinâmicas de diálogos nos seminários, retomando os temas recorrentes, além dos novos surgidos nas discussões;  convites a especialistas de temas de interesse: o tema das fronteiras e territórios (Felipe), fenomenologia goethiana, pedagogia da Pachamama, educação e emancipação (Ernesto Jacob), imaginários (Lúcia Helena), a ciência em ação, segundo Latour (Daniel Tozzini).

3.    Buscar apoios bibliográficos em experiências de pesquisa e ensino, tais como em SEMINÁRIOS 2019 de CLACSO, cujos temas são acompanhados por indicações bibliográficas, conforme se pode verificar no ANEXO 1, logo abaixo.

4.    Fica valendo ainda a lista no ANEXO II de temas e de referências bibliográficas da DISCIPLINA OBRIGATÓRIA DA LINHA DE PESQUISA ‘EPISTEMOLOGIA AMBIENTAL’ PPGMADE – setembro-novembro de 2018.

5.    Lembrando que temos até 28 de junho para elaborarmos um documento que apresente alguns dos principais fundamentos das transversalidades a ser elaborado pelo coletivo. Se aglutinarmos os procedimentos das conversas (discussões em grupo), as falas de especialistas, as intenções de pesquisa e suas interfaces, com o aprofundamento de leituras, poderemos ter presente uma estratégia metodológica que permita, inicialmente, identificar os entroncamentos temáticos, para elaborarmos um primeiro documento geral, ainda preliminar; em seguida, poderemos dividir em grupos temáticos as tarefas de aprofundamento, seguindo um roteiro que apresente as justificativas de escolhas temáticas, uma fundamentação teórica ainda geral, mas com bons argumentos, objetivos a serem alcançados, tipo de pesquisa a ser desenvolvida (teórica-empírica-híbrida, etc.); uma conclusão que aponte para o aprofundamento na etapa 2 da Oficina IV, com as escolhas individuais dos projetos de pesquisa das teses.



[1] O(a)s  doutorando(a)s das 4 linhas de pesquisa (Costeiro, Epistemologia, Rural e Urbano) encaminharão seus relatórios sobre suas respectivas apresentações, como memória do primeiro encontro de 12 de abril;19
[2] Além da abordagem de Bresser Pereira (2018) sobre o retorno do capitalismo neoliberal financeiro, temos o termo de “refeudalização” (KALTMEIER, 2019) ou de “neoextrativismo” (SVAMPA, 2019, RESTREPO, 2018) para designar o retorno/resiliência de algumas modalidades do sistema capitalista periférico na América Latina.

COMUNICADO 2 da Oficina IV – Epistemologia Ambiental - 05/04/2019



 
Na reunião de terça-feira, dia 02/04/19, nossa segunda reunião com o coletivo da linha de Epistemologia Ambiental (a anterior e primeira reunião do início da Oficina ocorreu em 26 de março/19) foram abordados os seguintes pontos da pauta. Presentes na reunião: Discente: Rívea, Roberto, Diego (Giovanna justificou ausência por doença). Docentes: Dimas, Alexandre, Edmilson, Lúcia Helena e Yanina (Mayra justificou ausência por estar reunida com a comissão de bolsas)
1-    Informes gerais
2-    Memória da reunião anterior
3-    Andamento e perspectivas de organização/planejamento das atividades

1-    INFORMES GERAIS

Nos informes gerais, foi comunicado a defesa de tese de doutorado no PGSOCIO, do sociólogo Felipe Bueno Amaral, com o tema: LA PERLA DE SOCONUSCO E SUAS INTERAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS: mobilidade humana e agenciamentos de vidas na fronteira. (Orientador: Prof. Dimas Floriani – UFPR - e Co-orientador: Prof. Enrique Coraza de los Santos – Ecosur-México), com o seguinte RESUMO e Palavras-Chave:

“Este trabalho foi realizado pensando o trânsito de pessoas (migrantes e refugiadas) entre fronteiras e suas redes de interação socioambiental. Por interações socioambientais entendemos todas as relações estabelecidas em um território, entre humanos e coisas e suas transformações naquele espaço-tempo, na forma de territorializações, desterritorializações e reterritorializações. Essas últimas correspondem às trocas que as pessoas que se tornam migrantes ou refugiadas, realizam com e no novo ambiente. Através de um estudo etnográfico realizado durante oito meses como voluntário em organizações da sociedade civil (OSC) que apoiam pessoas em trânsito, na cidade de Tapachula, fronteira entre México e Guatemala, se pode observar que a despeito das distintas subjetividades e ritmos impostos pelo território, as microfronteiras pelas quais transitam (como as OSC’s), são significativas na estrutura e no sentido das novas sociabilidades”. 

Palavras-chave: Território; Fronteiras; Trânsito; OSC.
            Ainda na seção Informes, foi mencionado que dentro da programação prevista para seminários da Oficina IV, estávamos pensando elencar uma série de nomes de estudiosos de temas de interesse da linha, tendo em vista a necessidade de elaborarmos como pano de fundo do relatório a ser apresentado no final da fase A uma reflexão aprofundada sobre alguns dos eixos transversais que apontem para a construção de alguns temas de pesquisa comuns aos interesses do coletivo.
Neste sentido, o primeiro convidado a fazer uma apresentação de sua pesquisa recente é o recém-doutor Felipe Bueno Amaral que nos apresentará o quadro analítico e conceitual de seu trabalho, fazendo uma aproximação entre teoria e empiria, relatando-nos o processo de construção de sua pesquisa, suas tensões internas, escolhas conceituais e devolutiva da realidade, por meio da observação e vivência do pesquisador.  Lembramos que a temática abordada pelo autor é de suma importância para a Linha de Epistemologia, uma vez que traz alguns autores de referência para tratar de conceitos complexos, tais como de “territórios” (territorialização, desterritorialização, reterritorialização), “fronteiras”, “espaços fronteiriços”, “subalternidade”, “memória”, “identidade”, “apartheid interior”, “comunidades imaginadas”, entre outros.
Voltaremos a abordar a dinâmica das apresentações de estudiosos de temas de interesse mais adiante, quando abordarmos a questão da organização/planejamento das atividades da Fase I da Linha.

2-    MEMÓRIA DA REUNIÃO ANTERIOR
No Comunicado 1 estão delineados os pontos de interesse estratégicos de atuação da linha, partindo das atividades do PPGMADE, realizadas e por realizar, bem como a dinâmica pretendida pela Linha na organização e andamento da Oficina IV em suas duas fases (A e B).
Neste sentido, o(a)s doutorando(a)s responderam a um questionário (formulário) de avaliação de suas atividades ao longo de 2018 (Módulos I, II e III, Disciplinas obrigatórias das linhas e a Construção da Pesquisa Interdisciplinar).
Em reunião do Comitê Científico entre docentes (dia 18 de março/19, a primeira foi dia 11/03/19) preparatória da Oficina IV, ficou estabelecido que haveria uma reunião ampliada do Grande Coletivo (Parlamento) no dia 12 de abril/19 em que o(a)s doutorando(a)s fizessem uma apresentação pública de suas avaliações retratadas nos formulários preenchidos por ele(a)s.
O resultado dessas avaliações irá subsidiar o PPGMADE para redesenhar estratégias de organização curricular bem como definir melhor suas estratégias pedagógicas, de pesquisa e de publicação.
Assim, na próxima reunião da linha, de terça-feira, dia 09/04/19 o(a)s discentes apresentarão uma prévia de avaliação feita desde a Linha de Epistemologia Ambiental.

3     - ANDAMENTO E PERSPECTIVAS DE ORGANIZAÇÃO/PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES

Nesta reunião do dia 02/04/19 retomamos algumas das ideias lançadas e debatidas na reunião anterior da linha (26/03/19) quando fizemos um breve histórico sobre as metodologias e práticas adotadas em turmas anteriores da Oficina IV do PPGMADE. Avaliávamos que devido à existência das linhas que já possuem pesquisas em andamento, seria bastante problemático tentarmos entre 22 doutorando(a)s nos aventurarmos a construir uma problemática geral para todas as linhas.
Assim, buscamos lançar algumas propostas de funcionamento na linha, buscando desenvolver uma estratégia capaz de nos conduzir à construção de alguns temas transversais, resultantes de nossas intenções de pesquisa, combinadas com as atividades que buscaremos implementar em nossos seminários.
Neste sentido, essas atividades referem-se aos seguintes aspectos: trazer para o coletivo, de maneira condensada, nossas intenções de pesquisa, fruto da construção de cada um(a), ou seja, textos escritos, projetos em andamento, intenções ainda em fase de amadurecimento, etc.
Simultaneamente, apresentar algumas exposições (comunicações) por parte de estudioso(a)s de temas de nosso interesse para subsidiar nosso debate e a construção e aprofundamento de temas que estão ou estarão sendo tecidos, a fim de desenharmos alguns temas para pesquisa e transversalidades entre os mesmos.
A apresentação do recém doutor Felipe Bueno Amaral, na terça, dia 09/04 vai nesta direção.
Outros nomes estão sendo convocados para novas apresentações temáticas, tais como Alexandre Hedlund (pensando desde as margens sistemas de direito e da democracia), Daniel Tozzini ( sobre Latour e o programa forte em sociologia), Ernesto Jacob Keim (sobre cosmovisão indígena, processos de emancipação e fenomenologia goethiana), Lucia Helena (sobre imaginários) e outros ainda a serem elencados.
Da conjunção dessas práticas, poderemos induzir questões de interesse comuns e poderão propiciar bons diálogos interdisciplinares. Como resultado, iremos tecendo as condições para chegarmos a elaborar um relatório geral para final de junho, constituindo assim o término da Fase 1 da Oficina IV. Logo em seguida, iniciaremos a Fase 2, com o propósito de aprofundamento e elaboração dos diversos temas de tese de doutorado até final de novembro.