RELATÓRIO DO
X SEMINÁRIO
TEMÁTICO DA REDE INTERNACIONAL CASLA-CEPIAL
PORTO VELHO - RONDÔNIA - UNIR - 27 a 30 de março de 2018
Fotos da abertura do evento e da cidade
XIII ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
II ENCONTRO DIÁLOGOS DE SABERES E CONHECIMENTOS TRADICIONAIS
EM RONDÔNIA
Título Geral do Evento:
PROTAGONISMO
NA AMÉRICA LATINA E PAN-AMAZÔNIA: CIÊNCIA, SABERES E CONHECIMENTOS LOCAIS.
Período: 27 a 30 de março de 2018 – UNIR (BR 364, KM 9,5) – Porto Velho – Rondônia
https:www.even3.com.br/cepialro2018 - e-mail:
orgcepial2018@gmail.com
Coordenação Geral do evento: Prof. Dr. Adnilson de Almeida Silva (UNIR)
APRESENTAÇÃO DO EVENTO
Com a temática geral "PROTAGONISMO NA
AMÉRICA LATINA E PAN-AMAZÔNIA: CIÊNCIA, SABERES E CONHECIMENTOS LOCAIS",
os eventos "X SEMINÁRIO TEMÁTICO DA REDE INTERNACIONAL CASLA-CEPIAL:
CONHECIMENTOS ETNOCIENTÍFICOS E TERRITORIALIDADES ALTERNATIVAS, XIII
ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA, II ENCONTRO DIÁLOGOS DE
SABERES E CONHECIMENTOS TRADICIONAIS EM RONDÔNIA" têm como
objetivo principal propiciar o debate a partir da ótica de desenvolvimento
local e como este pode viabilizar as territorialidades tradicionais (os modos
de viver e habitar de uma dada coletividade no território), isto é, que
aspectos da territorialidade tradicional (os saberes, as práticas, as políticas
de natureza e as experiências).
Para tanto, parte-se do pressuposto que o
etnoconhecimento e a etnociência apresenta-se como um modelo alternativo de
relação socioambiental guiado pelos princípios ecológicos, equidade social e
viabilidade econômica, em conformidade com as particularidades históricas e
geográficas de cada segmento social.
Nesses termos, é que são propostos os Eventos com
base em uma abordagem metodológica inter e transdisciplinar (entre as
disciplinas e entre os saberes científico e local), ancoradas na tríade
etnometodológica hermenêutico-fenomenológica-accionalista.
Os Eventos procuram com isso obter duas modalidades
de produtos: a) oportunizar o conhecimento dessas populações tradicionais e
indígenas, a partir de sua própria visão de mundo; b) de natureza acadêmica.
Para a população beneficiada serão produzidos cursos de capacitação
sociotécnica, empoderamento jurídico e inclusão em redes de atores sociais.
Deles podem participar gratuitamente acadêmicos da graduação e
pós-graduação, pesquisadores, indígenas, povos tradicionais, professores e
alunos do ensino fundamental e médio e demais interessados.
Em termos acadêmicos, almeja-se a realização outros
seminários e eventos com a equipe interdisciplinar e o púbico beneficiado, a
publicação de resumos expandidos e artigos, a consolidação de linhas de
pesquisa e a orientação de monografias, dissertações e teses.
Os Eventos são patrocinados com recursos do Governo
de Rondônia, por meio da Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento
das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia- FAPERO
(Edital Chamada 004/2017-Programa de Apoio Eventos Científicos e
Tecnológicos - PAE, Processo 33804.519.20813.15092017), com apoio de
parceiros públicos, universidades e entidades não governamentais.
PROGRAMAÇÃO GERAL
Dia
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Horário
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Local
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Atividades e Composições
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26,03.2018
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15h
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Auditório
Milton Santos – CEGEA/DGEO-UNIR
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AULA
INAUGURAL DA PÓS GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Alusiva ao
Calendário Acadêmico de 2018.
AULA MAGNA: Os
múltiplos saberes e Novas Epistemologias
Prof. Dr. Dimas Floriani UFPR - Curitiba - PR. |
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27.03.2018
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08-12h
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Salas
de aulas/CEGEA
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OFICINAS
TEMÁTICAS
Serão ofertadas pelos
discentes do PPGGG e Instituições parceiras. Os temas a serem definidos
terão vinculação com as mesas-redondas
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27.03.2018
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14-15h
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Auditório
Milton Santos – CEGEA/DGEO-UNIR
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CERIMÔNIA
DE ABERTURA:
Prof.
Dr. Ari Miguel Teixeira Ott - Magnífico Reitor
Profª
Drª Luciene B. da Silveira - Diretora do NCET
Dr.
Francisco Elder de Oliveira - Pres. da FAPERO
Profª
Drª Siane Cristina Pedroso da S. Guimarães - Chefe Departamento de
Geografia/UNIR
Profª
Maria Madalena de Aguiar Cavalcante - Coordenadora do PPGG/UNIR
Prof.Dr.
Adnilson de Almeida Silva – Coordenador do Evento/UNIR.
Representante
discente do PPGG/UNIR
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27.03.2018
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15-16h
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Auditório
Milton Santos – CEGEA/DGEO-UNIR
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CONFERÊNCIA
DE ABERTURA:
Os desafios do
conhecimento e das etnociências no Século XXI
Prof.
Dr. Dimas Floriani (UFPR) - Curitiba - PR
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27.03.2018
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16-18h
|
Auditório
Milton Santos – CEGEA/DGEO-UNIR
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MESA REDONDA 1:
As formas de conhecimento vernacular e sua importância para a academia.
Prof.
Dr. Almir Narayamoga Suruí – Liderança Indígena - Cacoal - RO
Prof.
Dr. Ricardo Gilson da Costa Silva (UNIR) - Porto Velho - RO
Prof.
MsC. Sebastião Sibá Machado Oliveira - Rio Branco - AC
Prof.
Dr. Nicolas Floriani (UEPG) - Ponta Grossa - PR
Prof.
Dr. Adnilson de Almeida Silva (UNIR-Mediador) - Porto Velho - RO
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27.03.2018
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18-19h
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Auditório Milton Santos – CEGEA/DGEO-UNIR
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Palestra: Perspectivas para consolidação da
Universidade itinerante na América Latina, uma proposta da CASLA/CEPIAL.
Drª Gladys Renée de Souza Sanchez - Rede CASLA/CEPIAL - Curitiba - PR |
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28.03.2018
|
08-12h
|
Salas
de aulas/CEGEA
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OFICINAS TEMÁTICAS
Serão ofertadas pelos
discentes do PPGGG e entidades parceiras. Os temas a serem definidos terão
vinculação com as mesas-redondas
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28.03.2018
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14-16h
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Auditório
Milton Santos – CEGEA/DGEO-UNIR
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MESA REDONDA 2: A
Etnociência e a Ciência como enfoque de gênero
Ivaneide
Bandeira Cardozo – Doutoranda-PPGG - Porto Velho - RO
Alessandra
S. Silva Manchinery – Mestranda PPGG - Rio Branco - AC
Maria
Leonice Tupari - Presidente da (AGIR) - Cacoal - RO
Prof.
Drª Maria das Graças Silva Nascimento Silva (UNIR – Mediadora) - Porto Velho
- RO
|
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28.03.2018
|
16-18h
|
Auditório
Milton Santos – CEGEA/DGEO-UNIR
|
MESA REDONDA 3: Experiências, Saberes
Populares, Percepções de Vida
José Severino
da Silva Manchineri – Lider Manchineri - Rio Branco - AC
Altenisio José
De Albuquerque – Comunidade Ayahuasca - Porto Velho - RO
Marcela Bonfim
– Fotógrafa e do Movimento Negro - Porto Velho - RO
Nilda Dantas-
Radialista e Comunicadora Social - Rio Branco - AC
José Dourado
de Souza – Prof. Dr. História/UFAC - Rio Branco - AC
Josué da Costa
Silva Prof.Dr. UNIR – Mediador - Porto Velho - RO
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28.03.2018
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18-19h
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Auditório Milton Santos - CEGEA/DGEO-UNIR
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LANÇAMENTO DE LIVROS: Uma Viagem ao Mundo dos
Pykahu - Parintintin: Olhares, Percepções e Sentidos, bem como de outras
obras
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29.03.2018
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08-12h
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Corredores/salas
do CEGEA
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ESPAÇO
DE DIÁLOGOS
Apresentação de
banners dos pós graduandos de 2018 e demais pesquisadores
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29.03.2018
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10-12h
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Auditório
Milton Santos – CEGEA/DGEO-UNIR
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MESA REDONDA 4:
Experiências agroambientais e agroecológicas e projetos alternativos
socioambientais
Prof.
Dr. José da Dores de Sá Rocha - UNIR - Rolim de Moura - RO.
Angela
Maria Feitosa Mendes – Conselho Nacional das Populações Extrativistas - CNS.
Rio Branco - AC
Marcelo
Lucien Ferronato (ECOPORÉ) - Porto Velho - RO
Profª
Drª Oriana Trindade de Almeida (NAEA/UFPA) - Belém - PA
Prof.
Dr. Alexis de Sousa Bastos (RIOTERRA – Mediador) - Porto Velho - RO
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29.03.2018
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14-16h
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Auditório
Milton Santos – CEGEA/DGEO-UNIR
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MESA REDONDA 5:
Lutas, direitos e desafios nas territorialidades e para os territórios
alternativos
Prof.
Dr. Almir Narayamoga Suruí – Liderança Indígena - Cacoal - RO.
Mirna
Naiara Campos do Rosário - Conselheira Nacional de Patrimônio Imaterial - Rio
Branco - AC
Msc.
Sandra Regina Nunes dos Santos – Movimentos Sociais - Porto Velho - RO
Maysa da Silva Albuquerque – Movimento Camponês - Candeias do
Jamari - RO
Prof.
Dr. Nilson César Fraga (UEL – Mediador) - Londrina-PR
|
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29.03.2017
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16-17h
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Auditório
Milton Santos – CEGEA/DGEO-UNIR
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RODA
DE DIÁLOGOS
Todos os presentes e encaminhamentos
de propostas para a realização do VII CEPIAL em 2019/2020 em Rondônia.
Gladys Renée de Souza
Sanchez - Pres. Rede Casla/CEPIAL - Curitiba - PR
|
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29.03.2017
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17-18h
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Auditório
Milton Santos – CEGEA/DGEO-UNIR
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CONFERÊNCIA
DE ENCERRAMENTO:
A importância da
etnociência para a sociobiodiversidade na América Latina
Prof. Dr. Nicolas
Floriani (UEPG) - Ponta Grossa - PR
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30.03.2017
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08-12h
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Trabalho
de campo
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Visita a uma
comunidade de atingidos pela barragem (Caso consiga a infraestrutura de
transporte)
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BALANÇO DAS ATVIDADES:
Em 26 de março/18 foi apresentada a AULA INAUGURAL DA PÓS
GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA alusiva ao Calendário Acadêmico de
2018, com o tema: Os múltiplos saberes e Novas
Epistemologias - Prof. Dr. Dimas Floriani UFPR -
Curitiba - PR.
Este tema foi abordado
no contexto atual em que predominam as concepções dominantes das tecnociências
como conhecimentos hegemônicos e funcionais ao mercado capitalista globalizado.
Nesse contexto opera-se com concepções de desenvolvimento como sinônimo de
crescimento econômico, resultantes de uma razão instrumental e metonímica, ou
seja, reducionista, cujos resultados produzem contradições na forma de
distribuição da riqueza e aprofundam as dinâmicas de produção da marginalização
social e nos usos desmesurados dos recursos naturais. Os mesmos são
considerados como recursos econômicos inesgotáveis, traduzindo uma espécie de
fantasma ou mito do crescimento econômico como mantra da racionalidade
instrumental.
Este processo
inviabiliza/invisibiliza outras formas de produção e de existência de
conhecimentos, os etnoconhecimentos e as
práticas de gestão e uso dos bens naturais, ancorados em concepções do bem
viver e do tratamento equilibrado dispensado à natureza por parte dos povos
originários e das demais populações tradicionais.
Nessas condições, urge
que as agências produtoras do conhecimento operem com uma crítica profunda e
radical para produzir uma ciência pública e pertinente, aproximando as
experiências alternativas ao desenvolvimento por parte dos sujeitos subalternos
que são portadores de um alter-ego ecológico para os sistemas produtivistas que
visam apenas a reprodução do capital e tolhem assim a possibilidade de entender
que as práticas materiais ou econômicas são apenas uma das dimensões das sociedades
modernas e que não podem sobrepor-se às demais dimensões societais, tais como a
diversidade cultural, a biodiversidade, seus ecossistemas, as tecnologias não
agressivas ao meio ambiente, a gestão democrática e participativa plural, a
inclusão social, a produção de tecnologias sociais, as epistemes culturais que
dialoguem com as logocêntricas, etc.
No dia 27 de março/18 ocorreu a CONFERÊNCIA DE ABERTURA, com o
tema: Os desafios do conhecimento e das etnociências
no Século XXI - Prof. Dr. Dimas Floriani (UFPR) - Curitiba - PR
Foi abordado o tema de fundo da
teoria do conhecimento desde uma antropologia do pensamento que deve procurar
responder ou afirmar que os homens e mulheres de diferentes culturas pensam da mesma maneira coisas diferentes.
O mito e o universo das crenças
contêm saber; também o campo da ciência não é exterior ao mito. É necessário
admitir em toda sociedade e em toda pessoa, aqui e lá, hoje e ontem, uma
imbricação na maneira do pensamento racional e simbólico.
A partir do paradigma enunciado
por Lévi-Strauss de uma ciência do concreto, apoiada em uma interpretação que
resgata a importância de similitudes, mas também das diferenças, entre o
pensamento “selvagem” e as formas modernas de pensamento, o conferencista
resgata a importância de autores que se utilizam dessa matriz epistêmica, tais
como Robin Horton e Bruno Latour, embora cada um com nuances e diferenças.
Após esta introdução, foram
apresentadas algumas abordagens sobre Produções discursivas nas ciências e nos
demais saberes, com a seguinte tipologia dos sistemas de conhecimento:
conflitos entre a ciência normal (história e método das ciências disciplinares
modernas) e a pós-normal ou nômade (o hibridismo do diálogo de saberes e a
crítica política e cultural); ciência pública (dimensões políticas e
culturais); ciência corporativa (a ciência dos pesquisadores); ciência privada
(as tecnociências); os saberes culturais (as etnociências, as práticas e os
sistemas híbridos tradicionais de saberes).
Finalmente, foram abordadas as
etnociências, com a apresentação de um apanhado histórico sobre sua
constituição como subcampos das disciplinas, até sua atual derivação para
outros domínios dos discursos e das práticas etnoculturais. Neste sentido,
diversos autores têm abordado os sistemas de saberes indígenas, não mais apenas
desde as etnociências, mas desde perspectivas diferentes, incluindo a reflexão
epistemológica, jurídica, a problemática ambiental, a biodiversidade, entre
outras. Também a abordagem desde os sujeitos e atores sociais, com uma
tendência crescente de considerar a diversidade e pluralidade, questionando os
enfoques monoculturais criados pelos diferentes âmbitos de poder, a fim de
evitar o epistemidício e as monoculturas do saber e do fazer.
Palestra: Perspectivas para consolidação da
Universidade itinerante na América Latina, uma proposta da CASLA/CEPIAL.
Drª Gladys Renée de Souza Sanchez - Rede CASLA/CEPIAL - Curitiba – PR
Drª Gladys Renée de Souza Sanchez - Rede CASLA/CEPIAL - Curitiba – PR
A coordenadora da Rede
Internacional Casla-Cepial, Dra. Gladys Renée de Souza Sánchez (foto)
apresentou a proposta básica da implementação do projeto da Universidade
Itinerante (UNITINERANTE) dos Direitos Humanos, da Natureza, pela Paz e o Bem
Viver. Este projeto emerge das experiências desenvolvidas pela Rede Internacional
Casla-Cepial, desde 2012 e que consiste em aproximar os sistemas de práticas de
diversos atores em diálogo, especialmente as universidades (professores,
pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, programas de extensão),
comunidades, organizações e movimentos sociais, representantes do Ministério
Público, a fim de desenvolverem projetos de desenvolvimento social, ambiental,
de economia solidária, educação e saúde,
junto às populações vulneráveis.
Os principais princípios norteadores da UNITINERANTE:
- FOMENTAR A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO E A FORMAÇÃO PEDAGÓGICA, A PARTIR DE UMA CIENCIA APLICADA E PERTINENTE ÀS DEMANDAS DAS POPULAÇÕES VULNERÁVEIS.
- RESPEITAR, CRENÇAS E DESEJOS.
- PROMOVER A PAZ COMO PROCESSO EM PERMANENTE CONSTRUÇÃO, COM O PROTAGONISMO DE DIVERSOS ATORES.
- PROMOVER A PLURALIDADE DO PENSAMENTO E DA CULTURA A FIM DE GARANTIR A RIQUEZA PARA UM MUNDO PLURIVERSO.
- VALORIZAR, PROMOVER E DIVULGAR OS SABERES TRADICIONAIS E OS ETNOCONHECIMENTOS PRODUZIDOS PELAS CULTURAS LOCAIS, EM SEUS SISTEMAS DE PRÁTICAS MATERIAIS TRADICIONAIS.
- FOMENTAR A PRÁTICA DO DIÁLOGO DE SABERES CIENTÍFICOS COM OS SABERES CULTURAIS.
- DESENVOLVER MECANISMOS DEMOCRÁTICOS NA PRODUÇÃO, TROCA E DIFUSÃO DO CONHECIMENTO, COM BASE EM UMA CIÊNCIA PÚBLICA, PERTINENTE E ABERTA PARA AS DEMANDAS SOCIAIS, EM ESPECIAL DAS POPULAÇÕES VULNERÁVEIS.
MESA REDONDA 1:
As formas de conhecimento vernacular e sua importância para a academia.
Prof. Dr. Almir Narayamoga Suruí – Liderança Indígena - Cacoal -
RO
Prof. Dr. Ricardo Gilson da Costa Silva (UNIR) - Porto Velho -
RO
Prof. MsC. Sebastião Sibá Machado Oliveira - Rio Branco - AC
Prof. Dr. Nicolas Floriani (UEPG) - Ponta Grossa - PR
Prof.
Dr. Adnilson de Almeida Silva (UNIR-Mediador) - Porto Velho - RO
As formas de
conhecimento vernacular e sua importância para a academia.
MESA REDONDA 2: A
Etnociência e a Ciência como enfoque de gênero
Ivaneide Bandeira Cardozo – Doutoranda-PPGG - Porto Velho - RO
Alessandra S. Silva Manchinery – Mestranda PPGG - Rio Branco -
AC
Maria Leonice Tupari - Presidente da (AGIR) - Cacoal - RO
Prof.
Drª Maria das Graças Silva Nascimento Silva (UNIR – Mediadora) - Porto Velho -
RO
MESA REDONDA 3: Experiências, Saberes Populares, Percepções de
Vida
José Severino da
Silva Manchineri – Lider Manchineri - Rio Branco - AC
Altenisio José
De Albuquerque – Comunidade Ayahuasca - Porto Velho - RO
Marcela Bonfim –
Fotógrafa e do Movimento Negro - Porto Velho - RO
Nilda Dantas-
Radialista e Comunicadora Social - Rio Branco - AC
José Dourado de
Souza – Prof. Dr. História/UFAC - Rio Branco - AC
Josué da Costa Silva Prof.Dr. UNIR – Mediador
- Porto Velho – RO
Experiências, Saberes Populares, Percepções de Vida
MESA REDONDA 4:
Experiências agroambientais e agroecológicas e projetos alternativos
socioambientais
Prof. Dr. José da Dores de Sá Rocha - UNIR - Rolim de Moura -
RO.
Angela Maria Feitosa Mendes – Conselho Nacional das Populações
Extrativistas - CNS. Rio Branco - AC
Marcelo Lucien Ferronato (ECOPORÉ) - Porto Velho - RO
Profª Drª Oriana Trindade de Almeida (NAEA/UFPA) - Belém - PA
Prof.
Dr. Alexis de Sousa Bastos (RIOTERRA – Mediador) - Porto Velho – RO
MESA REDONDA 5: Lutas,
direitos e desafios nas territorialidades e para os territórios alternativos
Prof. Dr. Almir Narayamoga Suruí – Liderança Indígena - Cacoal -
RO.
Mirna Naiara Campos do Rosário - Conselheira Nacional de
Patrimônio Imaterial - Rio Branco - AC
Msc. Sandra Regina Nunes dos Santos – Movimentos Sociais - Porto
Velho - RO
Maysa da Silva Albuquerque – Movimento Camponês - Candeias do
Jamari - RO
Prof.
Dr. Nilson César Fraga (UEL – Mediador) - Londrina-PR
Lutas, direitos e
desafios nas territorialidades e para os territórios alternativos
LANÇAMENTO DE LIVROS:
Uma Viagem ao Mundo dos Pykahu -
Parintintin: Olhares, Percepções e Sentidos. São Paulo,
Paco Editorial, 2017.
1.
Transformação
Espacial: Apropriação dos Recursos Naturais, Editora CRV, vol.1,
Curitiba,2018.
2.
Transformação
Espacial: Construção do Espaço Geográfico, Editora CRV, vol.2,
Curitiba,2018.
Relançamento da
Coleção da Rede Internacional Casla-Cepial: Sembrando Nuevos Senderos /
Semeando Novos Rumos – Editora da UFPR – 5 títulos já publicados.
RODA
DE DIÁLOGOS
Todos os presentes e
encaminhamentos de propostas para a realização do VI CEPIAL em 2019/2020 em
Rondônia.
Gladys Renée de Souza Sanchez - Pres. Rede
Casla/CEPIAL - Curitiba - PR
Na quinta-feira, dia 29 de
março/18 antes do encerramento final do evento, foi realizada a Assembleia
Geral com as instituições promotoras e participantes das atividades, com a
coordenação dos trabalhos pela Dra. Gladys Renée de Souza Sánchez, Coordenadora
Geral da Rede Internacional Casla-Cepial e Presidente da Casa Latino-americana
(CASLA). Foi feito um balanço sobre as atividades da Rede, dentre as quais
destacam-se os 5 Congressos realizados
até agora (Congresso de Educação para a Integração da América Latina – CEPIAL),
sendo os dois últimos realizados no Chile (em 2015) e na Colômbia (em 2017).
Já na Colômbia, a UNIR, liderada
pela Pós-Graduação em Geografia, presente no V CEPIAL na cidade de Pasto,
Nariño, apresentou a sua candidatura para sediar o próximo VI CEPIAL em
Rondônia em 2019.
Após a exposição dos motivos, as
diversas entidades e organizações sociais presentes ao evento, em especial
aquelas que se fizeram ouvir ao longo do evento, nas 5 mesas redondas, aderiram
com entusiasmo à proposta de realização do VI CEPIAL em Rondônia.
As instituições presentes
(universidade, organizações e movimentos sociais) definirão na continuidade um
calendário e uma agenda de ações, a fim de iniciar a organização do próximo
congresso.
CONFERÊNCIA
DE ENCERRAMENTO – 29/03/2018:
A importância da etnociência para
a sociobiodiversidade na América Latina
Prof. Dr. Nicolas
Floriani (UEPG) - Ponta Grossa – PR
Foram apresentadas experiências acadêmicas de quatro grupos
de pesquisa com as Florestas Patrimoniais (as agroflorestas comunitárias) de
coletividades rurais tradicionais. Essas Florestas aparecem como elemento
central de discussão das políticas de natureza engendradas em territórios
rurais latino-americanos em contextos de múltiplas modernidades.
Socialmente apropriada, a floresta figura como símbolo da
reprodução sociocultural do modo de vida tradicional, conectando dimensões
materiais e simbólicas, que impulsionam os projetos utópicos dessas
coletividades frente às formas hegemônicas da racionalização do mundo da vida.
No contexto das modernidades múltiplas, a identidade
sociopolítica das comunidades tradicionais acessa uma rede semântica que
conecta o imaginário de Floresta aos conceitos ontológicos de Conviver, Habitat
e Cuidar, conferindo, em seu conjunto, uma territorialidade da relacionalidade
que se tensiona no/com espaço e no tempo.
Essa territorialidade confere resistências ao processo de
territorialização do projeto modernizador-mercantilizador dos espaços rurais,
conferindo novos sentidos e valores aos projetos de desenvolvimento
territorial. Assim, buscaremos evidenciar tais conceitos ontológicos a partir
de experiências (interpretações) acadêmicas sobre as imagens, as práticas e as
políticas de Floresta-Território destes territórios tradicionais: a primeira em
uma comunidade Faxinalense e também Quilombola da região fitogeográfica da
Floresta com Araucárias do Paraná, Brasil; outra territorialidade vivenciada e
interpretada é a Mapuche Williche da região da Floresta Temperada Valdiviana,
no Chile; a territorialidade Paiter Suruí da região da Floresta Amazônica e das
Quebradeiras de Côco, da região da Mata dos Cocais maranhenses são também
apresentadas.
Todas essas vivências permitiram evidenciar o pluriverso de
ontologias, a partir das quais se configuram as formas de Sentipensar as
relacionalidades da sociobiodiversidade.
PARTICIPAÇÃO DA REDE
CASLA-CEPIAL NA RÁDIO CBN AMAZÔNIA – 29/03/2018
Programa Audiência Pública – Rádio CBN AMAZÔNIA – 29/03/18
Na manhã de quinta-feira, dia 29
de março/18, das 10:00 às 11:00 hs. a Rádio CBN AMAZÔNIA patrocinou entrevista
em seu programa Audiência Pública, com os participantes da Rede Internacional
Casla-Cepial (Dra. Gladys de Souza Sánchez e Prof. Dr. Dimas Floriani), além de
representantes do X Seminário Temático sobre Conhecimentos Etnocientíficos e
Territorialidades Alternativas ( Mestrando Gasodá Suruí, representando a nação
indígena e a Profa. Dra. Elisângela, pesquisadora e cientista social da UNIR).
A entrevista foi marcada pela
apresentação e objetivos do X Seminário Temático em curso nos dias 27 a 29 de
março/18 na UNIR, bem como os propósitos de realização do próximo Congresso (VI
CEPIAL) em Rondônia, em 2019.
PROGRAMAÇÃO DAS OFICINAS
27.03.2018 – 08h-12h
|
28.03.2018 – 08h-12h
|
27 E 28.03.2018 – 08h – 12h
|
1. ABAYOMI: Muito
mais que um brinquedo, uma história de resistência e ancestralidade
Izis Mello; Juscelino Nogueira e
Suzanna Dourado da Silva
|
1. Desafios e
caminhos possíveis para o uso do nome social nas escolas públicas e na
educação profissional e tecnológica na Amazônia.
Gilceli Correia e Hellen Alves
|
1. Povos e
Comunidades de Terreiro-Candomblé e Umbanda na Amazônia.
Reginaldo Silva; Antônio Silva e
Cesar Pietro
|
2. Pintura
Corporal Huni Kui.
Bismani Huni Kui e Mirna Rosário
|
2. Grafismos indígenas,
formas, cores e significados.
Eldissandra Parintintin
|
2. Construção de
maquetes na escola de linha da Amazônia.
Herbert Albuquerque e José Januário
do Amaral
|
3. Educação e
Gênero: Diálogos, saberes e decolonialidades.
Elisângela Menezes e Rafael Andrade
|
3. Ensino de
geografia. Reflexão Teórico e Didática. Os jogos no ensino de geografia.
*Darlene Costa da Silva
|
3. Razão e emoção
na docência: educar-se com a Geografia.
Nestor Kaercher e Marcos Bohrer
|
4. GPS de
navegação: teoria e prática.
Janice Nascimento e Selma Silva
|
4. Libras
Instrumental.
Núbia Soares e Amarildo Espíndola
|
4. Santo Daime, a
religião da floresta
Francisco Nogueira; José Nogueira;
Valdeci Vatelavick e Francisco Silva
|
5. DOULA:
atribuições e campo de atuação. (Turma 01)
Solange Buratto
|
5. DOULA:
atribuições e campo de atuação. (Turma 02)
*Solange Buratto
|
5. Introdução do
QGis 2.18
Emanoel Azevedo; Joselânio Morais e
Talles Silva
|
6. IKEBANA: A
arte da flor transformando seu estilo de vida! (Turma 01)
Maria de Fátima Mota
|
6. IKEBANA: A
arte da flor transformando seu estilo de vida! (Turma 02)
Maria de Fátima Mota
|
|
7. BEM VIVER NA
PAN-AMAZÒNIA:
Uma experiência
dos Povos Manchineri; Suruí e Oro Waran.
Paulo Pereira; Maria Silva;
Alessandra Manchinery; Gasodá Suruí e Francisco Oro Waram
|
7. Território e
conflitos: uma breve perspectiva no entendimento do processo.
João Mendes da Rocha Neto
|
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OFICINA do dia 27/03/18: ABAYOMI:
Muito mais que um brinquedo, uma história de resistência e ancestralidade – (Izis Mello; Juscelino Nogueira e
Suzanna Dourado da Silva )
A palavra
abayomi tem origem iorubá, e costuma a ser uma boneca negra, significando aquele que traz
felicidade ou alegria. (Abayomi quer dizer encontro precioso:
abay=encontro e omi=precioso ). O nome serve para meninos e meninas,
indistintamente. Não se deve confundir com Abaiomi, também iorubá, de
significado diverso.
O nome é comum na África,
principalmente na África do
sul, embora também seja encontrado com frequência até o norte da África,
e mais raramente, no Brasil.
No Brasil, além de nome próprio,
designa bonecas de pano artesanais, muito
simples, a partir de sobras de pano reaproveitadas, feitas apenas com nós, sem
o uso de cola ou costura , de tamanho variando de 2 cm a 1,50 m, sempre negras,
representando personagens, de circo, da mitologia, orixás, figuras
do cotidiano, contos de fada e manifestações folclóricas e culturais.
A boneca abayomi foi criada para
as crianças, jovens, adultos na época da escravidão. As mulheres negras as
confeccionavam com pedaços de suas saias, único pano encontrado nos navios
negreiros, para acalmar e trazer alegria para todos. Considerado um amuleto até
hoje, essas bonecas, assim como os vodus haitianos, são legados de uma cultura
milenar.
A
história das Bonecas Abayomi, começou com Lena Martins, artesã
de São Luiz do Maranhão, educadora popular e militante
do Movimento de Mulheres Negras, que procurava na arte popular um
instrumento de conscientização e sociabilização. Logo, outras mulheres, e várias
gerações, vindas de vários movimentos sociais e culturais, aprenderam com ela,
juntaram-se e fundaram no Rio de Janeiro a Cooperativa Abayomi, em
dezembro de 1988, dando
continuidade ao trabalho desde então.[1]
A cooperativa estimula as
relações de generosidade, o fortalecimento da auto-estima e
reconhecimento da identidade afro-brasileira de
negros e descendentes, para superar as desigualdades de gênero, integrando a
cultural brasileira.
OFICINA do dia 27/03/2018
Pintura Corporal Huni Kui.
Bismani Huni Kui e Mirna Rosário
O Kene Kuin, desenho
verdadeiro, é uma marca importante da identidade Kaxinawá. Os povos vizinhos
(Kulina, Yaminawa, Kampa) não têm um estilo de desenho comparável ao kene kuin. Para os
Kaxinawá o desenho é um elemento crucial na beleza da pessoa e das coisas.
O corpo e o rosto são pintados com jenipapo
por ocasião de festas, quando há visitas ou pelo simples prazer de se arrumar.
Crianças muito pequenas não recebem desenho, mas são enegrecidas dos pés à
cabeça com jenipapo. Meninos e meninas têm só uma parte do rosto coberto com
desenho e os adultos têm o rosto todo pintado.
A pintura com jenipapo é uma atividade
exclusivamente feminina. Em dias sem festa muitos andam sem desenho, mas quando
um dos homens da casa traz jenipapo da mata, sempre há alguém que se anima a
preparar tinta e chamar os outros para pintá-los. As pessoas que mais andam
pintadas são as mulheres jovens; os homens menos, a não ser que sejam hóspedes.
O estilo
do kene kuin
contém uma variedade de motivos que têm nomes. Quando um motivo tem dois ou
mais nomes, isto geralmente se deve à ambiguidade, típica do estilo Kaxinawá,
entre fundo e figura. Os mesmos motivos, ou desenhos básicos, usados na pintura
facial, são encontrados na pintura corporal, na cerâmica, na tecelagem, na
cestaria e na pintura dos banquinhos.
Assim como nem sempre e nem todos os corpos
são pintados, também nem todos os objetos keneya têm desenho. Panelas para
cozinhar comida não são pintadas, mas pratos para servir comida podem sê-lo. A
pintura é associada a uma fase de novidade na vida do objeto ou da pessoa, uma
fase na qual é desejável enfatizar a superfície lisa e perfeita do corpo em
questão. O desenho chama a atenção para as novidades na experiência visual, que
anunciam eventos cruciais da vida. O desenho desaparece com o uso e só é
refeito por ocasião de uma festa. Assim, coisas com o desenho ocupam um lugar
especial na cultura Kaxinawá, como em outras culturas do ocidente amazônico.
Abaixo,
assista ao curta "BIMI, Mestra de Kenes" dirigido por Zezinho Yube. O
vídeo, com produção do projeto Vídeo nas
Aldeias , mostra a história de Bimi, uma das grandes mestres da arte da
tecelagem Hunikui. Ela fala da sua aprendizagem e dos resguardos que uma tecelã
deve respeitar.
E
PARA UMA VISÃO CONCRETA DA
SUSTENTABILIDADE, OUVIR, VER, PERCEBER E APRENDER COM OS MESTRES DA NATUREZA:
Índios no Brasil. 8. Filhos da terra
2000 / 18min. Ashaninka / Baniwa / Yanomami
Índios no Brasil
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