Memória No. 13 da reunião do Grupo de
Pesquisa Epistemologia e Sociologia Ambiental (elaborada pelo Prof. José Thomaz Mendes Filho), ocorrida em 16 de
setembro de 2015, nominalmente a partir das 14 horas, nas dependências da Casa
Latino-Americana (CASLA). Presentes: Prof. Dimas Floriani, Profª Lúcia Helena
de Oliveira Cunha, Katya Isaguirre, Claudia Picone, Alexandre Hedlund, David
Fadul, Guido Mejías, Guilherme Silva e José Thomaz. 1. Informe. Prof.
Dimas informou sobre presença do Prof. Dr. Fernando Codoceo, da Universidad de
Los Lagos (Chile), em evento que foi agendado para o próximo dia 24 de
setembro, possivelmente às 16 horas, na sede da CASLA. Informou também que o
Prof. Codoceo trabalha com metodologias qualitativas, e que atividades de
pesquisa do convidado contemplam populações de rua e encarcerados. 2.
Considerações e comentários iniciais. Prof. Dimas disse da importância de
pensar a relação do pesquisador com o objeto com que trabalha, acentuando a
diferença entre as concepções aristotélica e nominalista, notável no que se
refere às respectivas ênfases em aspectos universais e em aspectos
particulares. Comentou sobre a necessidade de os doutorandos elaborarem, até
novembro próximo, um documento que, de preferência, deve constituir um ou mais
de um texto para futura publicação. Perguntou aos cinco alunos de pós-graduação
sobre novidades referentes ao desenvolvimento de seus temas de interesse. E
mencionou três textos a serem trabalhados no Grupo de Pesquisa: um capítulo de
livro de autoria de Boaventura de Sousa Santos (que comentou ser, mais que um
capítulo, um programa de pesquisa), um artigo de autoria de David Fadul e José
Edmilson de Souza Lima, e um texto de autoria de Dimas Floriani. 3.
Apresentação de avanços referentes a interesses de pesquisa de doutorandos e de
mestrando. Passou-se à apresentação dos avanços referentes a interesses de
pesquisa dos doutorandos e do mestrando. 3.1. Avanços apresentados por Guido
Mejías. Guido mencionou as ideias de “sociologia das ausências” e
“emergências”, que creditou a Boaventura de Sousa Santos, professor português e
Grande Oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada; a identificação de um olhar
hegemônico que instaura dicotomias; a questão de como enfrentar o trabalho de
campo; os conceitos de “epistemologia do Sul”, de direitos humanos e de
“direitos subumanos”, também creditados a Boaventura de Sousa Santos; os
conceitos de marginalidade e de desenvolvimento local; a concepção de moradores
de rua como expressão de resistência a outros modos de vida; e o problema de
como resgatar as realidades das pessoas em sua capacidade humana. Prof. Dimas
observou que Guido dispõe de repertório de temas e representações, com olhares
teóricos em diferentes momentos da história recente. Citou como exemplo teorias
sociais de extração mais marxista, observando tratar-se de teorias que advieram
do Norte, como também o são, por exemplo, teorias desenvolvidas pelo sociólogo
alemão, nascido na Prússia, Max Weber, e pelo economista austríaco, nascido no
Império Austro-Húngaro, Joseph Alois Schumpeter, reconhecendo, nessas teorias,
algo como uma evolução linear. Disse sobre a necessidade de averiguar teorias
que considerem marginalidade desde perspectivas tanto mais clássicas como mais
críticas. Observou que as “lupas”, hoje, olham para macroprocessos e
microprocessos; e que nos anos sessenta do século vinte não importava,
teoricamente, o olhar do sujeito marginalizado. Considerou a relação entre
sujeito e objeto, fazendo menção à teoria das representações e considerando
que, em certo sentido, todos somos seres estranhos em relação a outros seres; e
que, hoje, há necessidade de trabalhar com objetos de pesquisa e também com
mediadores, citando como exemplos as mensagens dos meios de comunicação, do
Estado e das instituições de caridade. E disse da importância de fazer
inventário sobre os diversos discursos existentes sobre o fenômeno que se
estuda, de modo que o convívio com a teoria seja um convívio de “atenção
flutuante”. Profª Lúcia Helena disse haver trabalhado mais com casos empíricos,
e reconheceu que o Prof. Dimas tem uma capacidade rara de dialogar, de
sociabilizar o conhecimento. Fez menção também aos recortes, considerando que
cada perspectiva poderia resultar em uma dissertação, e à importância ou
necessidade de, para além do tema, trazer uma problemática que com ele se relaciona.
Prof. Dimas considerou que o tempo para o programa de mestrado é metade do
disponível para o de doutorado; e que a intenção do aluno é fazer um estudo
comparativo. Por fim, foi informado que em torno de sessenta por cento dos
alunos que passam pela Fundación Social de la Pobreza, no Chile, continuam,
depois, a trabalhar com o tema da pobreza. Davi considerou a necessidade de
focar no recorte específico a ser desenvolvido na dissertação. Guilherme citou
Boaventura de Sousa Santos, relacionando-o à ideia de “pensamento abissal”; e
considerou também que o recorte temático é fundamental, dado o pragmatismo do
prazo. Profª Lúcia Helena observou que trabalhar com representações sociais
implica em atentar menos para a origem dos construtos nos campos em que
primeiramente hajam surgido, e mais para que as representações,
conceitualmente, estão inscritas no campo simbólico e na prática social, e
guardam relação com a materialidade. Com referência à conhecida diferença
marxista entre infraestrutura e superestrutura, foi indagado se o filósofo e
sociólogo alemão Karl Heinrich Marx fazia, ou não, essa diferença. E foi
observada a existência de dois níveis: o valorativo e o da prática. 3.2.
Avanços apresentados por Guilherme Silva. Guilherme considerou, inicialmente,
as noções de campo, campo científico e campo da educação ambiental. Prof. Dimas
disse que a ideia é que os alunos se aproximem, tematicamente, dos professores
mais afins a seus interesses de pesquisa. Guilherme fez menção a Enrique Leff,
engenheiro mexicano e doutor em economia do desenvolvimento. Profª Lúcia Helena
considerou a importância da leitura e da escrita no desenvolvimento das teses.
Prof. Dimas mencionou ecologia das práticas e ecologia dos saberes, fazendo
menção a Boaventura de Sousa Santos e à filósofa belga Isabelle Stengers.
Considerou que cada campo de saber tem suas práticas, e a necessidade de fazer
um balanço, de demarcar fronteiras. Lembrou a crítica que o biólogo
teuto-americano Ernst Mayr fez à proposta do físico e filósofo da ciência
norte-americano Thomas Samuel Kuhn referente ao processo de desenvolvimento do
conhecimento, no particular em que Mayr não via a Biologia contemplada na
proposta de Kuhn. Neste contexto, destacou a diferença entre campos internos a
uma mesma ciência, citando comparação entre biologia molecular e biologia
evolucionista. Considerou que a demarcação de fronteiras ilumina a definição do
trabalho empírico. Expressou a compreensão de que a ênfase marxista em traduzir
superestrutura em infraestrutura seria como que um anúncio de que os marxistas
não eram idealistas; que sua dialética se afastava, de modo decisivo, da que
caracterizava, e caracteriza, a obra do filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich
Hegel. E destacou a importância de definir e anunciar previamente o método.
Profª Lúcia Helena, consultada sobre autores que discorrem sobre
representações, citou o psicólogo social romeno, radicado na França, Serge
Moscovici, e a socióloga francesa Denise Jodelet. David fez menção a
autoafirmação e autotranscendência na qualidade de tipos ideais. Para estimular
o pensamento sobre representações, Prof. Dimas e Profª Lúcia Helena indicaram
livro que ganhou a tradução As Formas Elementares da Vida Religiosa (São
Paulo: Martins Fontes), de autoria do sociólogo francês Émile Durkheim. 3.3
Avanços apresentados por Claudia Picone. Claudia mencionou interesse por
relacionar mudanças climáticas e representação, Levando em conta, nesse
contexto, o prejuízo aos menos favorecidos e a divisão entre comunicação
informacional e construção de sentidos. Katya Isaguirre chegou e apresentou
breve explicação sobre haver chegado depois do início das atividades. 3.4
Avanços apresentados por David Fadul. David fez menção ao sujeito
cognoscente, e considerou estar o campo ambiental em momento de autoafirmação.
Prof. Dimas reconheceu, nesse contexto, a validade de método heurístico. David
reconheceu possibilidade de trabalhar sujeito cognoscente coletivo, e
manifestou interesse por realizar pesquisa empírica. Prof. Dimas sugeriu que o
sujeito cognoscente fosse tratado no campo do Direito. Katya indagou quanto à
existência, de fato, de um direito ambiental. David disse que não focaria a
pesquisa em direito ambiental. Katya disse conhecer casos em que, no contexto
do direito ambiental, justificativas são apresentadas com base em credo
religioso e em prática jurídica. Prof. Dimas considerou que, quando se lança
mão de uma abordagem como a do sujeito cognoscente, o sujeito é posto no centro
da ação, diferentemente das concepções de sujeito fixo e de lei fixa. 3.5
Avanços apresentados por Alexandre Hedlund. Alexandre informou haver
procurado montar as categorias de espaço e lugar. Disse haver começado a ler o
livro traduzido As Prisões da Miséria (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.),
de autoria do sociólogo francês Loïc Wacquant. Mencionou espaço marginal,
cultura de controle, criminalidade urbana, problema de considerar
simultaneamente uma pluralidade de elementos, epistemologia da violência e
epistemologia da criminalidade. Profª Lúcia Helena e Katya recomendaram, como
referência, trabalho desenvolvido pelo cientista social Pedro Bodê. Alexandre
expressou interesse pela questão do controle. Profª Lúcia Helena indagou se o
interesse seria por teoria ou por estudo de caso. Alexandre disse ter interesse
por ir a campo. Profª Lúcia Helena indicou leitura de textos do filósofo e
teórico social francês Michel Foucault. Alexandre concordou com a indicação, e
aduziu referência à contribuição do filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham,
no particular em que este, antes de Foucault, houvera expresso a ideia de
“panóptico” como estratégia de vigilância de comportamento. Profª Lúcia Helena
enfatizou a importância de ler autores. Prof. Dimas considerou a importância de
ser nominalista: de não ser generalista, mas sim ater-se a casos particulares.
Alexandre disse perceber a criminologia como pensamento de fronteira entre
várias ciências. Katya considerou ser um pouco difícil o diálogo entre direito
ambiental e direito penal. Prof. Dimas citou caso do desmatamento na Região
Norte do Brasil, no particular em que, no tempo do regime militar, era
incentivado, e atualmente é alvo de crítica. Thomaz manifestou interesse por
conhecer sobre que perspectiva Alexandre gostaria de tratar o tema
criminologia. Expressou interesse acadêmico pelo estudo das teorias da justiça
e opinou que, nesse contexto, o tema é de primeira importância, em especial
porque encerra a questão da possibilidade de alguém poder dispor da liberdade
de outra pessoa. Recorrendo a metáforas, propôs que Têmis cedesse lugar a
Atena, na qualidade de personificação da Justiça, argumentando que, embora a
ideia de tratamento igualitário (Têmis) tenha importância, o problema da
Justiça precisa ir além e, assim, não pode prescindir da sabedoria (Atena). Com
referência a esse comentário, David considerou que Têmis representa a
necessidade de observação do ordenamento jurídico, e que, não obstante, a Atena
cabe o julgamento adequado. Descreveu brevemente uma passagem da tragédia Eumênides,
creditada ao dramaturgo grego clássico Ésquilo, na qual é apresentado o
julgamento de Orestes, realizado por Atena e origem da expressão “voto de
minerva”. Katya e David desenvolveram diálogo em torno da questão do uso de
organismos geneticamente modificados na agricultura. Sobre esse assunto, Prof.
Dimas destacou o problema dos danos à biodiversidade, decorrentes do padrão da
monocultura, e o debate sobre o patrimônio genético. Claudia informou que por
volta de 70% (setenta por cento) dos alimentos disponíveis para compra em
supermercados provêm da agricultura familiar. Prof. Dimas indagou sobre se
existe um “caminho do meio” na questão dos transgênicos, e sobre que mecanismos
de vigilância epistemológica seriam adequados a essa questão. 4.
Encaminhamento. Prof. Dimas observou a necessidade de, para o próximo
encontro, os doutorandos e o mestrando providenciarem arcabouço
teórico-metodológico compatível com os temas de suas teses e dissertação, tendo
em vista a necessidade de o documento coletivo ser produzido até o dia 10 de
novembro. próximo. Curitiba, 22 de setembro de 2015.
Projeto de Pesquisa registrado no CNPq cujo objetivo é reunir pesquisadores latino-americanos, com metodologia interdisciplinar, por meio de pesquisas, seminários e publicações em Meio Ambiente, Cultura e Sociedade. Este projeto (2015-18) é coordenado pelo Prof. Dr. Dimas Floriani, responsável pela linha de Pesquisa em Epistemologia e Sociologia Ambiental do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR e inserido na Rede Internacional CASLA-CEPIAL Semeando Novos Rumos / Sembrando Nuevos Senderos (Coordenação Geral de Casa Latino-Americana - CASLA). Clique para acessar o projeto.
ESTAMOS INICIANDO UMA NOVA CAMINHADA EM 2019. Registramos novo projeto de pesquisa no CNPq (2019-2021), com o título de:
CONFLITOS DO SOCIOAMBIENTALISMO DESDE AS MARGENS: as intermitências do desenvolvimento e da democracia na América Latina.
Estamos associando ao projeto o(a)s doutorando(a)s da Linha de Epistemologia Ambiental do PPGMADE (UFPR).
ESTAMOS INICIANDO UMA NOVA CAMINHADA EM 2019. Registramos novo projeto de pesquisa no CNPq (2019-2021), com o título de:
CONFLITOS DO SOCIOAMBIENTALISMO DESDE AS MARGENS: as intermitências do desenvolvimento e da democracia na América Latina.
Estamos associando ao projeto o(a)s doutorando(a)s da Linha de Epistemologia Ambiental do PPGMADE (UFPR).
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Memória No. 12 da reunião do Grupo de Epistemologia e Sociologia Ambiental (elaborada pelo Prof. José Thomaz Mendes).
A reunião ocorreu em 2 de
setembro de 2015, nominalmente a partir das 14 horas, nas dependências da Casa
Latino-Americana (CASLA). Presentes: Prof. Dimas Floriani, José Edmilson
de Souza Lima, Profª Maria do Rosário Knechtel, Katya Isaguirre, Claudia
Picone, Mara Monteiro, Alexandre Hedlund, David Fadul, Guido Mejías, Guilherme
Silva e José Thomaz. 1. Informes. Prof. Dimas apresentou o sociólogo
chileno Guido Mejías, que realiza mestrado no Programa de Pós-Graduação em
Sociologia da UFPR. Katya informou sobre visita à Itaipu Binacional (Parque
Tecnológico): relatou sobre possibilidade de realização de pesquisas com
georreferenciamento, sobre concepções de alternativas ao desenvolvimento a
partir de experiências locais, e sobre interesses de pesquisa na interface
entre epistemologia e conflitos socioambientais na América Latina, cabendo ao
Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento (PPGMADE)
apresentar interesses de pesquisa; disse haver percebido existir muito
interesse de pesquisa comum, e propôs que seja feita uma apresentação geral a
eles do Ppgmade e de seus interesses de pesquisa. Thomaz apresentou breve
relato da leitura do texto de Alejandro Moreno intitulado “Superar a exclusão,
conquistar a equidade: reformas, políticas e capacidades no âmbito social”, que
integra o livro A Colonialidade do Saber: eurocentrismo e ciências sociais;
perspectivas latino-americanas, organizado por Edgardo Lander (Buenos
Aires: Clacso, 2005): disse haver percebido, no texto, a importância das
relações de confiança que se estabelecem entre comunidades nas quais as pessoas
se conhecem mutuamente, e que essa relação de confiança provavelmente
encontraria dificuldade, se não mesmo impedimento, para ser estendida a grupos
significativamente maiores, nos quais, por assim dizer, os laços de
conhecimento mútuo ficariam tênues ou mesmo inexistentes. Prof. Dimas mencionou
a contribuição do sociólogo, cientista político e historiador norte-americano
Charles Tilly, que, em estudos sobre movimentos sociais, identificou três tipos
de reivindicações: de identidade, de permanência e de programa, e que
reconheceu a complexidade da relação entre movimentos sociais e democratização;
destacou, na obra do autor, a importância de elementos emocionais e coletivos.
Citou o economista alemão Albert Otto Hirschman, e sua proposta teórica segundo
a qual, percebido decréscimo na qualidade ou no benefício experimentado por
membros de organizações, estes podem dela sair, ou retirar-se da relação (no
original em língua inglesa, exit) ou pronunciar-se no sentido de buscar
reparar ou melhorar a relação (no original, voice). E o também
economista e cientista social norte-americano Mancur Olson, que se destacou no
contexto dos estudos sobre ação coletiva.
A obra de Charles Tilly, seus trabalhos sobre movimentos
sociais, nos anos 1970, foi um marco, ela combateu teorias economicistas e
psicologizantes, explicando, internamente, ao campo político, o processo de
mobilização coletiva. Tilly apresenta a lógica dos confrontos políticos e modo
como se relacionam com o contexto político, social e econômico. O
relacionamento complexo dos elementos culturais com os processos políticos. Seu estudo histórico comparativo sobre a ação coletiva, tem como referência os
séculos XVIII e XIX, Tilly demonstra que cada época tem um repertório diferente
e uma forma de organização que torna o movimento mais ou menos eficiente. Na
perspectiva da sua sociologia do conflito, Tilly foi um crítico do individualismo
metodológico, da microssociologia e da Teoria da Escolha Racional. O "repertório" não é propriedade
exclusiva de um dado grupo, mas uma estrutura compartilhada de conflito. Ele
pode ser mais ou menos limitado, segundo cada estrutura histórica de conflito.
O confronto é entendido como estruturante. Não se pode recorrer a um esquema de
atores lançando mão de meios para o alcance de fins específicos, ou seja, o
emprego de um repertório dado de meios, como propõe a Teoria da Escolha
Racional. O conceito de "repertório" trata de interações, relações,
entre grandes grupos de atores, e não ações isoladas. O conceito é relacional,
uma interação entre várias partes. O "repertório" é estrutural e
estruturante, engloba formas de pensar, desejos, valores e crenças e sua
transformação. É, portanto, um conhecimento social sedimentado, composto por
memórias e acordos compartilhados. Implica em padrões e nas suas variações, o
repertório delimita as possibilidades da rotina, como uma língua que varia nas
falas e dialetos, ou na performance individual. O conceito de
"repertório" é utilizado para explicar a ação coletiva, o limitado
leque de opções no confronto político, em determinados períodos históricos,
dentro de processos culturais de longa duração e de suas correspondentes
transformações sociais. Tilly chegou ao conceito de "repertório", a
partir da teoria interacionista de E. Goffman e do conceito de
"mentalidade" da Escola de Annales, extraindo elementos das duas
correntes, constituindo, assim, a sua metodologia de pesquisa e estudo da
"política contenciosa".
2. Apresentação de interesses de pesquisa
de doutorandos e de mestrando. Passou-se à apresentação dos interesses de
pesquisa dos doutorandos e do mestrando. 2.1. Interesses de pesquisa de Alexandre
Hedlund. Na exposição de Alexandre observaram-se os temas: cultura de
controle, política criminal ou criminalidade, quotidiano e criminalidade
urbana, espaço marginal, epistemologia do Sul, e cultura democrática. Prof.
Dimas e Alexandre dialogaram brevemente sobre o tema, e no diálogo surgiu
menção à Escola de Chicago (de Sociologia) e ao sociólogo francês Loïc
Wacquant. Prof. Dimas citou o sociólogo e filósofo francês Pierre Bourdieu, em
particular sua obra que ganhou a tradução A Miséria do Mundo
(Petrópolis: Vozes, 2003), e a necessidade de dar voz e vez à marginalidade.
Indagou em que medida os atores se incluem na prática de resistência e de
alternatividade; o que é a democracia em uma sociedade heterogênea; e se o
estado seria insensível à realidade dos marginalizados. Katya mencionou o
impacto ambiental dos presídios. Prof. Dimas destacou que o tema “espaço
marginal” suscita desenvolvimento interdisciplinar, citando Direito e
Antropologia. 2.2 Interesses de pesquisa de David Fadul. Na exposição de
David observaram-se os temas: conhecimento, metodologia, sujeito cognoscente,
campo ambiental, epistemologia. Foi citada a obra Compêndio de Epistemologia
(São Paulo: Loyola, 2008), organizada por Ernest Sosa e John Greco. Prof. Dimas
considerou que política é ideologia: julgamento moral. Indagou sobre a validade
de estabelecer regras gerais para pesquisa, e sobre se, em caso de resposta
positiva, uma das funções da epistemologia seria estabelecer essas regras
gerais. Considerou, também, a possibilidade de um debate acerca de uma
epistemologia política. Katya mencionou o problema de identificar o que é
dominante e o que é periférico no contexto de uma epistemologia do Sul. Prof.
Dimas fez menção à diferença entre conceito e noção, e considerou que um
sujeito cognoscente é indivíduo e também sujeito coletivo. Considerou que a
ideologia é, por assim dizer, uma espécie de cláusula pétrea do conhecimento.
E, no contexto da neurociência, citou Oliver Wolf Sacks, neurologista
anglo-americano e Comendador da Ordem do Império Britânico. Profª Maria do
Rosário comentou sobre o epistemólogo suíço Jean Piaget no contexto da cognição
e da explicação. 2.3 Interesses de pesquisa de Guilherme Silva. Na
exposição de Guilherme observaram-se os temas: saberes, gênese da
epistemologia, discurso socioambiental, conflitos, alternatividades, teoria da
complexidade, educação ambiental, e teoria das representações. Prof. Dimas
considerou que uma sociedade existe em razão das produção e reprodução materiais
e simbólicas. Katya indagou sobre a chance, se houver, de o periférico deixar
de ser periférico; citou Alain Touraine, sociólogo francês e
sócio-correspondente da Academia Brasileira de Letras; e fez menção ao contexto
da construção do discurso interpretativo dominante, com destaque para como se
constroem os discursos mantenedores de conflitos, os de busca por soluções, e os
mantenedores de invisibilidades. Edmilson perguntou se existe intenção de
realizar estudo empírico. Apresentou questões referentes às condições nas quais
são produzidos, negados, excluídos e legitimados os conhecimentos, por assim
dizer, mais do Sul do que de outro lugar; inclusive para pensar a questão dos
moradores de rua. Citou, como exemplo, o caso do Condomínio Social em Curitiba,
relacionando-o à visibilidade dos moradores de rua na qualidade de sujeitos de
direitos, e não a partir de discurso moralizante. Indagou sobre ser ou não
preciso fazer surgir um conhecimento que se reconhece como marginal. Citou a
contribuição do Prof. Francisco Mendonça, no contexto de uma epistemologia especializada,
aplicada à Geografia, e indagou sobre a existência ou não de um campo ambiental
na Geografia. Citou Pierre Bourdieu no particular em que considera que um nomos
define um habitus, e um estudo que objetivava identificar existência, ou
não, do que poderia ser chamado de colonização da geografia brasileira a partir
de concepções europeia; estudo cuja conclusão, segundo informou, mostrou não
existir tal colonização. Profª Maria do Rosário citou contribuição de Philippe
Layrargues, que convida a refletir sobre a possibilidade de uma (maior)
aproximação entre Sociologia e educação ambiental. Profs. Dimas e Maria do
Rosário comentaram sobre a prática prazerosa de produzir conhecimento; sobre o
lado bom da interdisciplinaridade enquanto exercício intelectual acadêmico.
Edmilson mencionou uma experiência de turma no processo de construção de
conhecimento interdisciplinar. Prof. Dimas, ao considerar, por assim dizer, o
lançamento das bases do pensamento que está sendo construído, indagou sobre os
subcampos que seriam necessários. Lembrou a influência que o Cristianismo
exerce na cultura brasileira, e indagou sobre os fundamentos em que se assenta
a iniciativa de dar voz aos moradores de rua. 2.4 Interesses de pesquisa de Guido
Mejías. Na exposição de Guido observou-se interesse em trabalhar
epistemologia, metodologia e confiabilidade de dados referentes a problemas
latino-americanos. Considerou que em Curitiba, cidade com relativamente alta qualidade
de vida, existem moradores de rua, seguindo-se menção ao problema de como as
instituições geram discursos. Comparando as realidades curitibana e chilena,
particularmente no que se refere a instituições, destacaram-se os conceitos de
instituição, dos sujeitos, e a tensão entre eles. E considerou-se que se o
discurso chileno, no passado, tivesse sido escrito, talvez poderia ter
resultado em consequências mais favoráveis a populações hoje em situação de
desvantagem. Prof. Dimas comentou sobre o caso de um morador de rua que, por
coerência com seu discurso, legara a seus familiares uma morada, mas que por coerência
com sua prática política, passou a viver também na rua.
Finalizando a reunião,
convocou-se a próxima reunião para o dia 16 de setembro, no mesmo local de
sempre. Na primeira parte da próxima reunião, a ideia é de continuar
aprofundando a proposta de construção de uma problemática de pesquisa que
contemple os interesses dos doutorandos e mestrando, a fim de propiciar uma
oportunidade para elaborar um documento comum que servirá, ao mesmo tempo, de
relatório do coletivo da linha de Epistemologia Ambiental e também como ponto
de partida de cada aluno para a elaboração de seus respectivos temas de
tese/dissertação. Na segunda parte da reunião, serão comentados dois capítulos
de livros, organizados por Boaventura de Sousa Santos. O primeiro deles, “Introdução: para ampliar o
cânone da ciência: a diversidade epistemológica do mundo” (co-autoria de
Boaventura de Sousa Santos, Maria Paula G. de Meneses e João Arriscado Nunes),
do livro Semear Outras Soluções: os
caminhos da biodiversidade e dos conhecimentos rivais, p. 21-121, Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. O segundo capítulo, de autoria de
Boaventura de Sousa Santos, “Para além do pensamento abissal: das linhas
globais a uma ecologia de saberes”, do livro Epistemologias do Sul (Boaventura de Sousa Santos e Maria Paula
Meneses, orgs.), São Paulo: Cortez Editora, 2010.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Atividades Internacionais desenvolvidas pelo Prof. Dimas Floriani em 2014
Encontro:
1 - Na condição de coordenador acadêmico da Rede
Internacional Casla-Cepial [1] (http://redecaslacepial.blogspot.com.br/
) foi desenvolvido o 1º. Encontro
Internacional sobre Interculturalidade,
Direitos Coletivos e Relações Internacionais em
Curitiba, nos dias 13 e 14 de agosto de 2014, preparatório ao IV Congresso de
Cultura e Educação para a Integração da América Latina que teve lugar na sede
da Universidad de los Lagos, em Osorno, Região dos Lagos, Chile, entre os dias
19 e 23 de janeiro de 2015:
Neste encontro, as
mesas temáticas foram as seguintes: 1- PARTICIPAÇÃO
E GARANTIA DOS DIREITOS COLETIVOS NA AMÉRICA LATINA; 2- ESTADO ATUAL DOS ESTUDOS SOBRE
INTERCULTURALIDADE, POVOS TRADICIONAIS, DIREITOS COMUNITÁRIOS – UMA PERSPECTIVA
LATINO-AMERICANA.
2 - Assessoria
Internacional para a criação do Doutorado Interdisciplinar de Ciências Sociais
em Estudos Territoriais, CEDER (Centro de Estudios del Desarrollo Regional) –
Universidad de los Lagos, Chile –
Em novembro e dezembro de 2013 e janeiro de 2014, O Prof.
Dimas Floriani manteve intensas atividades com a equipe do CEDER e do CISPO de
Santiago, ambos pertencentes à Universidad de los Lagos, com o intuito de
lançar o programa de doutorado de Ciências Sociais em Estudos
Territoriais, com tres linhas de
pesquisa, conforme o site abaixo
Segue a descrição das
atividades desenvolvidas na Universidad de los Lagos, como Professor Visitante
e Consultor acadêmico (este relatório foi escrito em espanhol, atendendo à
solicitação do Coordenador Acadêmico do Doutorado, Prof. Dr. James Park:
Actividades desarrolladas
durante la última etapa del Proyecto MEC- CONICYT (Programa de Atracción e Inserción de Capital Humano
Avanzado - Concurso Nacional de
Atracción de Capital Humano Avanzado del Extranjero, Modalidad de Estadías
Cortas) – mayo junio/ 2014 – por el Prof.
Dr. Dimas Floriani – en el Doctorado de Ciencias Sociales en Estudios del
Territorio del CEDER – ULA –
Reuniones de Trabajo
- Se mantuvieron algunas reuniones con el Director del
CEDER y coordinador del Doctorado, Prof. Dr. James Park para evaluar las etapas
previas de preparación y organización del programa del doctorado, en que se
hicieron balances sobre los programas de las 3 lineas del doctorado: 1) Identidades-
Discursos Locales, Procesos Societales y Espacios Territoriales; 2) Sociedades
Regionales, Gobernanza e Instituciones Políticas; 3) Territorio, Economía y
Medioambiente.
Además en estos balances se incluyeron evaluaciones
sobre el proceso de selección de los postulantes al doctorado, sus intenciones
de investigación de tesis, la distribución en las líneas y el rol que tendrán
los dos módulos de metodología de la investigación, pues además de la
importancia de los contenidos teórico-metodológicos a impartir en cada una de
las tres líneas, hay que llevar en cuenta que el programa tiene un carácter
interdisciplinar y que requirirá especial atención para los momentos fuertes de
las interacciones interlíneas. Estos momentos fuertes interdisciplinarios
tendrán que ser garantizados por las prácticas de las actividades en comun de
las 3 líneas, en especial en las dinámicas de construcción de los temas de
investigación.
- Aún en este tema de las reuniones de trabajo
preparatorias a las clases de cada línea, tuvimos un encuentro para dibujar las
estrategias de presentación de los distintos módulos al interior de la línea 3)
Territorio, Economía y Medioambiente, con la coordinadora de esta línea, Profa.
Dra. Sandra Ríos y el coordinador del Doctorado, Prof. James Park. Además de
una evaluación acerca de las distintas sesiones del módulo y de las
indicaciones bibliográficas, se trató de la distribución de ellos entre los
distintos docentes responsables por este módulo, para los cuales fueron
designados los siguientes docentes: Profs. Drs. Sandra Ríos, Dimas Floriani,
Arturo Vallejos, Luz Ferrada y Francisco Mesa.
Fué sugerida la necesidad de que docentes de otras disciplinas, como la
Ecología y Geografía Física y de los Paisajes también presentasen sus aportes
para incrementar el diálogo entre las ciencias de la vida, de la naturaleza y
de la sociedad.
Actividades de Docencia
Actividad de Aula, en la línea 3) Territorio, Economía
y Medioambiente, en las sesiones 5 y 6 del programa, en el cual se presentaron
en 8 horas de clases, en los días 15 y 16 de mayo/14 los siguientes puntos del
programa: Las ciencias sociales y la problematización sobre el entorno natural.
El constructivismo y el realismo en la sociologia ambiental. Racionaliad y
complejidad social para enfrentar los problemas ecológicos.
Para las clases, fueron presentados 4 grandes ejes
temáticos para la organización de las lecturas previas (en forma de lecturas
obligatorias y de lecturas complementarias), así compuestas:
1)Epistemología, Teorías sociales, concepciones de
naturaleza, medio ambiente y desarrollo social; 2) Concepciones de
Sustentabilidad y Desarrollo; 3) Teorías sociales y sociológicas sobre
Modernidad y Medio Ambiente; 4) Categorías de análisis, su aplicabilidad en
situaciones históricas (prácticas investigativas) sobre algunos temas
socioambientales.
( En anexo sigue el programa completo de lecturas y
orientaciones).
El día 29 de mayo fue dedicado para una sesión
conjunta de evaluación pedagógica y didáctica del Módulo de la línea 3) Territorio, Economía y Medioambiente, con los
6 doctorantes y los docentes Dra. Sandra Ríos y Dr. Dimas Floriani. Además, fue
presentada la metodología de trabajo para el ensayo que los doctorantes tendrán
que presentar como forma de evaluación de este módulo.
(Un resumen de esta evaluación sigue en anexo).
Actividades de interacción con
investigadores del CEDER
Estas actividades se refieren a 4 (cuatro) tipos de
modalidades:
1)La primera se refiere a sesiones o encuentros de
trabajo investigativo, con el proyecto de investigación coordinado por el Prof.
Nelson Vergara, proyecto del cual participo como colaborador internacional
FONDECYT de Chile, número 1120574, con el título de “Cotidianidad, Complejidad, Imaginarios. Aproximaciones teóricas para
la construcción de una Hermenéutica del Espacio concebida como Hermenéutica
Dialógica Territorial”.
De momento, estamos trabajando en un tema en común de investigación
teórica, con el título de: NOTAS PARA LA CONSTRUCCIÓN DE UN PENSAMIENTO SOCIOAMBIENTAL, que se encuentra ya bien avanzado y que será objeto de
una publicación en co-autoria entre ambos. El Prof. Vergara ya colabora con
nuestro programa de post grado en Medio Ambiente y Desarrollo de la Universidad
Federal de Paraná, donde estuvo en la semana del 22 al 25 de abril del 2014
impartiendo clases en base a sus temas de investigación del proyecto FONDECYT e
intercambiando experiencias académicas entre CEDER-ULA y MADE-UFPR, una vez que
ambas instituciones ya firmaron convenio de cooperación académico.
2) La segunda modalidad de interacción académica y de
investigación con CEDER es una propuesta en común de investigación involucrando
a los Profs. James Park y Nelson Vergara en un proyecto de investigación que se
presenta ahora en Brasil al CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa Científica e
Tecnológica) que pertenece al MCT (Ministerio de Ciencia y Tecnología), con el
título en portugués: ESTUDOS INTEGRADOS
EM MEIO AMBIENTE, CULTURA E SOCIEDADE: uma perspectiva latino-americana.
Este proyecto internacional tendrá duración de 3 años (2015-2018) e involucra
instituciones académicas y sus programas de post grado de Brasil, Chile,
Colombia y México.
3) La tercera actividad de interacción con el CEDER se
refiere a una colaboración puntual con la Revista LIDER, en tres distintos
niveles: presentación de un texto ya aprobado para publicación, con el título
de NUEVOS SENTIDOS PARA UNA CIENCIA
SOCIOAMBIENTAL DESDE LA PERSPECTIVA DEL PENSAMIENTO COMPLEJO: algunas
reflexiones; además, actué como revisor de un artículo que me fue
solicitado para fungir como evaluador; y por último, una invitación de la
Revista para fungir como evaluador externo al comité científico de revisores de
la misma Revista.
(Este artículo sigue en anexo)
Por fin, actué
también como participante del equipo organizado por el CEDER, con la
coordinación general del Prof. Dr. James Park, en la programación del IV
Congreso de Cultura y Educación para la Integración de América Latina (IV
CEPIAL), con el patrocínio de ULA y que se realizará en Osorno, del 19 al 23 de
enero del 2015. CEDER hace parte de la Red Internacional Casla/Cepial que
impulsa los congresos en América Latina, involucrando distintos actores en una
acción dialógica (actores gubernamentales, no gubernamentales comunitários y
académicos). Hemos tenido unas 6
reuniones, más visitas a representantes de distintas instituciones públicas y
de la sociedad civil de Osorno.
3- PARTICIPAÇÃO EM
COLÓQUIO na Universidad de Chile, Santiago, Facultad de Arquitectura y
Urbanismo – FAU em 12 de junho de de 2014.
No dia 12 de junho, o Prof. Dimas Floriani participou de um Coloquio no
Nucleo Interdisciplinario de Estudios Socioambientales (Facultad de
Arquitectura y Urbanismo - FAU) da Universidad de Chile, sobre o tema da
Interdisciplinaridade em Meio Ambiente e Desenvolvimento:
4- Participação no
Congreso Latinoamericano de Ecología Política (21 ao 24 de outubro de 2014) – Universidad de Chile
– Santiago. Preside a Plenária de “Lectura Crítica del discurso
hegemónico en torno a bienes, servicios y benefícios ecosistémicos”.
[1]
A REDE INTERNACIONAL CASLA-CEPIAL
(SEMEANDO NOVOS RUMOS – SEMBRANDO NUEVOS SENDEROS) surge a partir do III
CEPIAL, em julho de 2012, na cidade de Curitiba, Paraná, Brasil, aproximando
organizações sociais, instituições acadêmicas e outras instâncias do poder
público, no âmbito de América Latina e Caribe – mas aberta também a outras
regiões e continentes – e busca fortalecer o diálogo e ações conjuntas que
visem o apoio ao desenvolvimento sustentável e à ampliação da participação
democrática e da preservação dos direitos coletivos de sociedades e povos que
vivem em situações de vulnerabilidade social.
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