Projeto de Pesquisa registrado no CNPq cujo objetivo é reunir pesquisadores latino-americanos, com metodologia interdisciplinar, por meio de pesquisas, seminários e publicações em Meio Ambiente, Cultura e Sociedade. Este projeto (2015-18) é coordenado pelo Prof. Dr. Dimas Floriani, responsável pela linha de Pesquisa em Epistemologia e Sociologia Ambiental do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR e inserido na Rede Internacional CASLA-CEPIAL Semeando Novos Rumos / Sembrando Nuevos Senderos (Coordenação Geral de Casa Latino-Americana - CASLA). Clique para acessar o projeto.


ESTAMOS INICIANDO UMA NOVA CAMINHADA EM 2019. Registramos novo projeto de pesquisa no CNPq (2019-2021), com o título de:
CONFLITOS DO SOCIOAMBIENTALISMO DESDE AS MARGENS: as intermitências do desenvolvimento e da democracia na América Latina.
Estamos associando ao projeto o(a)s doutorando(a)s da Linha de Epistemologia Ambiental do PPGMADE (UFPR).



terça-feira, 29 de novembro de 2016

Memória Número 25 do seminário de Epistemologia Ambiental em 04/10/2016

Memória da reunião do Grupo de Pesquisa Epistemologia e Sociologia Ambiental, ocorrida em 4 de outubro de 2016, nominalmente a partir das 14 horas e 30 minutos, na Casa Latino-Americana (CASLA). 

Presentes: Prof. Dimas Floriani, José Edmilson de Souza Lima, Profª Lucia Helena de Oliveira Cunha, Profª Maria do Rosário Knechtel, Alexandre Hedlund, Guido Mejías e José Thomaz.  

Profª Lucia Helena disse identificar-se, enquanto pesquisadora, com o Prof. Francisco Ther Ríos. Prof. Dimas considerou a possibilidade de Katya mudar de tema no VII Seminário sobre Ecologia de Saberes: produção social do conhecimento e desconstrução da colonialidade que será realizado nos dias 16 ao 18 de novembro/16 em Ponta Grossa e Curitiba (uma produção da Rede Internacional Casla-Cepial) no sentido de viabilizar a atuação da Profª Lucia Helena no mesmo evento em que estará presente o Prof. Ther, mas lembrou que isso será possível desde que combinando com Katya. 

 Prof. Dimas apresentou uma síntese das características esperadas para as atividades a serem desenvolvidas pela Linha Epistemologias, Saberes, Práticas e Conflitos Socioambientais no Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento (MADE) da UFPR, com início previsto para o próximo dia 17 de outubro e com previsão de aproximadamente duas semanas. Propôs iniciar a atividade na manhã do dia 17, indicar vários autores, de modo que cada professor identifique dois textos dentre o conjunto sugerido que gostariam de indicar aos alunos, de modo que, com seis professores, resultam doze textos. 

Propôs também deixar um dia sem aulas para os alunos trabalharem. Alexandre disse que, a seu ver, existe excesso de aulas, fazendo referência, nesse particular, a aulas de Biologia, cujo conteúdo, em sua opinião, fora superficial. Prof. Dimas considerou que pós-graduação implica em reflexão e discussão, que aula é, na via da regra, unidirecional, e que os alunos precisam de tempo para prepararem-se para apresentações e discussões. Profª Maria do Rosário disse que as atividades de recensão crítica têm dado bons resultados, e demonstrou preocupação com seminários que não suscitam perguntas. Alexandre lembrou que são quatro alunos: Alexandre, David, Guilherme e Guido. 

Prof. Dimas disse que poderiam ser reservados trinta minutos para cada aluno. Alexandre disse que Guilherme não comparecera à reunião em razão de dificuldades de locomoção. Prof. Dimas mencionou a importância de haver retorno, por parte dos alunos, no diálogo entre teoria e empiria. Profª Maria do Rosário considerou que a existência de debate depois da apresentação proporciona uma experiência mais rica. Considerou a possibilidade de, depois, cada grupo, a partir da recensão, produzir um artigo, citando, nesse particular, a experiência da turma VI do doutorado no MADE, da qual participou Edmilson. 

Prof. Dimas considerou haver duas frentes: a da disciplina e a do evento. Profª Maria do Rosário considerou a possibilidade de elaboração de um texto a ser apresentado no próximo Cepial. Prof. Dimas considerou que livro exige mais densidade que artigo, e que se deve cuidar para não banalizar o livro. Informou aos presentes sobre o exame de qualificação de mestrado de Guido, agendado para o próximo dia 14, com início previsto para as 10 horas, na CASLA. Edmilson perguntou sobre evento na Colômbia. 

Prof. Dimas disse que vale a pena ir, que é possível pensar em uma temática e que a programação para o evento está sendo construída. Prof. Dimas fez menção ao, e propôs leitura do, livro “Indios, Negros y Otros Indeseables: capitalismo, racismo y exclusión en América Latina y El Caribe” (Bogotá: Ícono Editorial, 2016), de autoria do jornalista espanhol Paco Gómez  Nadal. 


A continuação, transcreve-se o programa da disciplina obrigatória da linha de Epistemologias, Saberes, Práticas e Conflitos Socioambientais que será ofertada entre os dias 17 de outubro e 8 de novembro de 2016: 


DISCIPLINA OBRIGATÓRIA DA LINHA DE PESQUISA ‘EPISTEMOLOGIA AMBIENTAL’ PPGMADE – 17 ao 28 de outubro/2016 

Ementa:  
 Aspectos epistemológicos do debate em torno de sustentabilidade, subalternidade e interculturalidade, com ênfase nos aspectos histórico-políticos, conflitos, democracia e crise dos modelos de desenvolvimento na América Latina contemporânea.

Tópicos:

1. Alguns referenciais teóricos para pensar a problemática socioambiental, tendo em vista os atuais
desafios histórico-políticos de algumas sociedades latino-americanas 

2. Conflitos, democracia e crise dos modelos de desenvolvimento 

 3. Cartografia dos principais conflitos socioambientais desde uma perspectiva da subalternidade. 

4. A interculturalidade e a resposta dos diferentes atores e instituições: é possível a coexistência na diferença? 

 Referências bibliográficas

I – Dimensões epistemológicas sobre sustentabilidade, subalternidade e interculturalidade 

1. QUIJANO, A. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. (orgs). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez. 2010. p. 84-130.

 file:///C:/Users/Dimas/Desktop/Linha%20Epistemologias%20%20e%20Seminários2016/Epistemolo gias%20do%20Sul.pdf
http://www.decolonialtranslation.com/espanol/quijano-colonialidad-delpoder.pdf   

2. SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. G.; NUNES, J. A. Introdução: para ampliar o cânone da ciência: a diversidade epistemológica do mundo. In: SANTOS, B. S. (Org.).  Semear Outras Soluções: os caminhos da biodiversidade e dos conhecimentos rivais. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. pp. 21-121.
http://www.biomas.ufop.br/biomas/texto1.pdf   

3. ESCOBAR, Arturo. Sentipensar con la tierra: nuevas lecturas sobre desarrollo, território y diferencia. Medellin: Ediciones UNAULA, 2014.
http://data.over-blog-kiwi.com/1/38/03/91/20160510/ob_fa7d06_arturo-escobar-sentipensar-con-la-tie.pdf  

4. LEFF, E. As Aventuras da epistemologia ambiental: da articulação dos saberes ao diálogo de saberes. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.
http://www.ceapedi.com.ar/imagenes/biblioteca/libros/299.pdf  

5. LACEY, H. e MARICONDA, P.R. . O modelo das interações entre as atividades científicas e os valores - scientiæ studia, São Paulo, v. 12, n. 4, p. 643-68, 2014.
 http://www.scielo.br/pdf/ss/v12n4/1678-3166-ss-12-04-00643.pdf  

6. CASTILLO CISNEROS, M. Libertad y Justicia em Hannah Arendt: uma aproximación. Desafíos. Bogotá (Colombia), (20), 11-29. Semestre I de 2009.
http://www.redalyc.org/pdf/3596/359633165002.pdf  

7. BERKES, F. Sacred Ecology, p.3-19. New York and London: Routledge, Third edition published 2012. 
 http://samples.sainsburysebooks.co.uk/9781136341731_sample_497219.pdf  

8. Diálogo de saberes entre filosofia ocidental (Ricardo Salas Astrain) e saber mapuche (Armando Marileo Lefio). 

8.1.file:///C:/Users/Dimas/Downloads/DialnetFilosofiaOccidentalYFilosofiaMapucheIniciandoUnDia-3777538.pdf  

 8.2. https://www.youtube.com/watch?v=5o2VSFVBh9c  

9. Entrevista a Silvia Rivera Cusicanqui: La urgente necesidad de descolonizar la investigación social latino-americana - http://www.territoriocesch.com/nuestro-equipo     

 II – Sobre ‘desenvolvimento’ e ‘sustentabilidade’ 

1.      FLORIANI, Dimas. As retóricas da sustentabilidade na américa Latina: conflitos semânticos e políticos no contexto de “modernidades múltiplas”. In: FLORIANI, Dimas; HEVIA, Antonio Elizalde (Orgs.). América Latina:  sociedade e meio ambiente. Curitiba: Ed. UFPR, 2016, p.139-172. 

2. ESCOBAR, A. O lugar da natureza e a natureza do lugar: globalização ou pós-desenvolvimento?  
 In: LANDER, Edgardo. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências, perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 133-168. Disponível em:  http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/     Acesso em: 05/10/2016. 

3. ESCOBAR, Arturo. Sentipensar con la tierra: nuevas lecturas sobre desarrollo, território y diferencia. Medellin: Ediciones UNAULA, 2014.
http://data.over-blog-115kiwi.com/1/38/03/91/20160510/ob_fa7d06_arturo-escobar-sentipensar-con-la-tie.pdf  

4.GUDYNAS. E. Debates sobre el desarrollo y sus alternativas en América Latina: Una breve guía heterodoxa. In: Más Allá del Desarrollo. Quito: Ediciones Abya Yala, Fundación Rosa Luxemburg, 2011. http://www.gudynas.com/publicaciones/capitulos/GudynasDesarrolloGuiaHeterodoxaFRLQuito11.p120df 

5.RIVERO, O. O mito do desenvolvimento: os países inviáveis no século XXI. Trad. de Ricardo Aníbal Rosenbusch. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

6.BÁRCENA, A. y PRADO, A. El imperativo de la igualdad: por un desarrollo sostenible en América Latina y el Caribe. Santiago: XXI Editores y CEPAL, 2016.
 http://www.agci.cl/images/centro_documentacion/EL_IMPERATIVO_DE_LA_IGUALDAD_CEPAL_ma yo_2016.pdf  

7. Desarrollo Sustentable: de la Teoría a la Práctica. Abraham Hernández Paz,  Héctor González García, Gerardo Tamez González (coord.). Nuevo León: Universidad Autónoma de Nuevo León, México, 2016. 
 http://eprints.uanl.mx/10921/1/LIBRO%20DESARROLLO%20SUSTENTABLE%20DE%20LA%20TEOR% C3%8DA%20A%20LA%20PR%C3%81CTICA.pdf  

8. Sobre conceitos e categorias de análise da economia ecológica, tais como metabolismo e território, ) na perspectiva intelectual  de José Manuel NAREDO, consultar: http://www.elrincondenaredo.org/index.html e o texto autobiográfico do autor: 135
http://www.elrincondenaredo.org/autobiografia.html  

III – Sobre Conflitos Socioambientais e organizações/movimentos ambientalistas

1. MARTINEZ ALIER, J. O Ecologismo dos Pobres, págs. 89-116 (Ecologia Política: o estudo dos conflitos ecológicos distributivos) e págs. 333-357 (As relações entre a ecologia política e a 140
 economia política). São Paulo: Editora Contexto, 2011. 
Resenha do livro, por Clóvis Cavalcanti:
file:///C:/Users/Dimas/Desktop/Linha%20Epistemologias%20%20e%20Seminários2016/El%20ec ologismo%20de%20los%20pobres%20Alier.pdf  

2. GOMEZ NADAL, P. Indios, Negros y Otros indeseables: capitalismo, racismo y exclusión en 145
 América Latina y el Caribe, p. 149-203 (III. Los Encuentros). Bogotá: Ícono, 2015. 

3. Centro para la Conservación y el Desarrollo Alternativo Indígena - http://cicada.world/es/  

4. RED RURAL DE ORGANIZACIONES PRIVADAS DE DESARROLLO (RED RURAL) – PARAGUAY –  http://redrural.org.py/miembros  

IV – Sobre ‘subalternidade’: 

 1. SOUZA, J. A Construção Social da Sub-cidadania: para uma sociologia política da modernidade periférica. Belo Horizonte: Editora UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2003.   http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/7983/7983.PDF  

2. WACQUANT, L. A estigmatização territorial na idade da marginalidade avançada. Sociologia. Problemas e práticas (Lisboa), 16 (Fall 2006), p. 27-39. 
  http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/4618.pdf  

3. WACQUANT, L. Os condenados da cidade. Editorial Revan. Rio de Janeiro. 2005.  https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2015/11/wacquant-os-condenados-da-cidade.pdf  

4. WACQUANT, L. Marginalidad, etnicidad y penalidad en la ciudad neoliberal: una cartografia analítica. Ethnic & Racial Studies, Symposium, Winter. 2013.
 http://loicwacquant.net/assets/Papers/Recent-Papers/Wacquant-Marginalidad-2014.pdf  

5. CHRISMAN, L. Postcolonial contraventions: Cultural readings of race, imperialism and transnationalism. Manchester University Press, 2003.  

6. file:///C:/Users/Dimas/Downloads/341364%20(1).pdf  

7. GÓMEZ NADAL, P. Indios, Negros y Otros indeseables: capitalismo, racismo y exclusión en América Latina y el Caribe. Bogotá, Icono Editorial, 2016. 

8. LOERA GONZÁLEZ, J.J. La construcción de los buenos vivires; entre los márgenes y tensiones ontológicas. Polis, Revista Latinoamericana, (40), 2015. https://polis.revues.org/10654  

9. MASSARO DE GÓES, C. De Antonio Gramsci aos Subaltern Studies: notas sobre a noção de
 subalternidade. http://www.fflch.usp.br/dcp/assets/docs/III_SD_2013/Mesa_8.1__Camila_Goes_III_SD_2013.pdf  

10. EL TPP Y LOS DERECHOS DE LOS PUEBLOS INDÍGENAS EN AMÉRICA LATINA - José Aylwin Oyarzún. Emanuel Gómez Martínez. Luis Vittor Arzapalo - Grupo Internacional de Trabajo sobre Asuntos Indígenas - junio de 2016.


V- Sobre ‘Interculturalidade’

1. CARMEN A. GUEVARA V. Resignificación de la categoría sujeto en el contexto comunitario y popular: componente clave en la educación popular transformadora para Venezuela. TELOS. Revista de Estudios Interdisciplinarios en Ciencias Sociales. 
 UNIVERSIDAD Rafael Belloso Chacín. Vol. 14 (3): 311 - 322, 2012.
http://www.redalyc.org/pdf/993/99324907005.pdf   

2. RICARDO SALAS ASTRAIN. Ética Intercultural Ensayos de una ética discursiva para contextos culturales conflictivos. (Re) Lecturas del pensamiento latinoamericano. Quito: Ediciones Abya-Yala, 2006.

 2.1.  http://old.afyl.org/txt/LibrosNovedades/Etica-intercultural.pdf  

2.2. https://www.youtube.com/watch?v=5o2VSFVBh9c  

2.3. https://www.youtube.com/watch?v=ddBQlazLeI0  

3. MARTUCELLI,  D. ¿Existen Individuos en el Sur? Santiago de Chile: LOM, 2010.  

3.1. http://revistas.pucp.edu.pe/index.php/debatesensociologia/article/viewFile/2169/2100 

 3.2. https://doblevinculo.files.wordpress.com/2011/01/entrevista-a-danilo-martuccelli.pdf  

3.3. https://www.youtube.com/watch?v=-QrJQ7gnqhE  

4. Documento da UNESCO: Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, 2005. http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001502/150224por.pdf